Vacinação de grávidas contra a Covid-19 é paralisada na região
Estado aguarda nova orientação da Anvisa para retomar imunização; cidades iniciariam aplicação nesta terça-feira
Lucas Barbosa
RMVale
Após recomendação da Anvisa (Agência Nacional da Vigilância Sanitária), o Governo do Estado ordenou, no fim da noite da última segunda-feira (10), a suspensão da vacinação contra a Covid-19 em grávidas que sofrem de comorbidades. A medida surpreendeu as prefeituras das 39 cidades da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte), que iniciariam a imunização do grupo nesta terça-feira (11).
De acordo com o governado João Doria (PSDB), a Anvisa orientou como precaução a paralisação imediata da aplicação das doses produzidas pela AstraZeneca/Fiocruz em gestantes que sofrem de alguma doença.
Mesmo não dando detalhes sobre o que motivou a decisão, o comunicado da Anvisa recomenda que “seja seguida pelo PNI (Programa Nacional de Imunização) a indicação da bula da vacina AstraZeneca e que a orientação é resultado do monitoramento de eventos adversos feito de forma constante sobre as vacinas Covid em uso no país (trecho do documento)”.
O órgão não revelou se foi registrado no país alguma complicação ou efeito colateral causado pela vacina da AstraZeneca em grávidas com comorbidades.
Em contrapartida, seguem sendo imunizadas nesta terça-feira em todo o estado, pessoas de 55 a 59 anos com deficiência permanente, como síndrome de down, transplantados e portadores de insuficiência renal. Também estão recebendo a vacinação, mulheres, que sofrem de doenças crônicas, que deram à luz até 45 dias.
Apesar das vacinas da Coronavac e da Pfizer seguirem autorizadas para a aplicação em grávidas, as cidades da RMVale não contam com estoques disponíveis para este grupo.
Em um vídeo publicado na página oficial da Prefeitura de Lorena na rede social Facebook, o secretário de Saúde, Antônio Carlos Fabreti, revelou o andamento da vacinação na cidade após a mudança. “Na manhã desta terça-feira tivemos que retirar da fila três gestantes, pois estamos cumprindo a determinação da Anvisa. Retomaremos a imunização deste público apenas quando formos comunicados sobre sua segurança. É importante ressaltar a importância dos demais grupos prioritários comparecerem normalmente ao CSU (Centro Social Urbano), já que eles seguem liberados para serem vacinados”.