Preço da cesta básica sobe mais de 1% na região
Na contramão, arroz, feijão e leite apresentam redução em comparação feita nos dois últimos meses
Leandro Oliveira
Da Região
O preço médio da cesta básica no Vale do Paraíba sofreu uma elevação de 1,12% na comparação feita com dezembro de 2017. A alta foi puxada pelo tomate e pela batata, que superaram os 30% de aumento.
Em contrapartida, itens essenciais para o dia-a-dia dos brasileiros como arroz e feijão tiveram redução de valores.
A divulgação foi feita pelo Nupes (Núcleo de Pesquisas Econômicos-Sociais) da Universidade de Taubaté. O levantamento é feito mensalmente e, dessa vez, equivale aos valores de janeiro. Para o diretor do Nupes, o professor de economia da Unitau (Universidade de Taubaté), Dráuzio Rezende, a alta de 47% do valor do tomate pode ser explicada pela variação climática e plantio da fruta.
“Como o tomate teve um tempo atrás um aumento muito significativo, os produtores ampliaram suas áreas de plantio, houve uma superprodução, mas o tomate despencou. Com essa queda de preço a área plantada foi reduzida e houve uma oferta baixa para demanda”, explicou Rezende, que também citou as fortes chuvas e escassez do produto como outros motivos que ajudaram na elevação do preço.
Outros alimentos que também apresentaram altas foram a batata, alface, abobrinha e couve. Mas na contramão, o arroz e o leite tiveram redução de quase 6%, e o feijão apresentou queda de 1,5% na comparação. Além do leite, arroz e feijão, houve queda de preço registrada no queijo fresco de 14,20%.
A explicação para a baixa do feijão está na crise econômica e baixa procura pelo alimento. “Como sobra esse produto no mercado, os preços precisam ser reduzidos”, esclareceu Rezende.
Para o trabalhador comum, o aumento, apesar de pequeno, pesa no bolso. Domingos de Oliveira, comerciante de Aparecida, confirmou que qualquer alta é sentida. “Sobe a cesta básica, mas também sobe a gasolina e a luz. Então tudo que for para a gente pagar mais, sempre será mais difícil, porque nossa renda não tá crescendo”.
A opinião do comerciante é parecida com a da dona de casa Raquel Souza, de Potim. Para ela, o único dado positivo é a baixa de alguns produtos. “Eu não trabalho, mas meu marido sim. É ainda mais complicado. Para a gente, pelo menos, é bom ter a diminuição do preço do arroz e do feijão, porque a gente come praticamente todos os dias, são necessários”.