Délcio Sato se reúne com Estado para tentar reverter fechamento do IML

Doria não se manifesta em prazo esperado por Ubatuba; Caraguá atende demanda

O IML de Ubatuba, que teve trabalho suspenso pelo governo do Estado; Délcio tenta reverter situação (Foto: Reprodução PMU)

Lucas Barbosa
Ubatuba

Tentando convencer o governador João Doria (PSDB) a rever sua decisão de desativar o IML (Instituto Médico Legal) de Ubatuba, o prefeito Délcio Sato (PSD) se reuniu na última semana com representantes do Estado para ressaltar a necessidade da reabertura do aparelho público. Demonstrando otimismo após o encontro, o chefe do Executivo revelou que aguarda um novo posicionamento estadual.

Acompanhado de uma comitiva, Sato participou na manhã da última terça-feira de uma reunião com o secretário de Desenvolvimento Regional do Estado, Marco Vinholi, no Palácio dos Bandeirantes, em São Paulo.

Além de parte de seu secretariado, o prefeito contou com o apoio da delegada de Polícia Civil de Ubatuba, Ana Carolina Pereira e do vereador Ricardo Cortês (PSC), ex-funcionário do IML da cidade litorânea.

Logo após o encontro, Sato postou um vídeo em suas redes sociais demonstrando confiança de que a unidade seja reativada. “Tivemos uma recepção muito boa por parte do secretário Vinholi. Acreditamos que em breve obteremos uma resposta positiva sobre a permanência do IML, que desempenha um serviço muito importante para nossa população”. Na sequência, revelou que sua expectativa era de que Doria se manifestasse na última sexta-feira, o que não ocorreu, de acordo com a secretaria de Comunicação de Ubatuba.

A reportagem do Jornal Atos solicitou um posicionamento da secretaria de Desenvolvimento Regional do Estado, mas nenhuma resposta foi encaminhada até o fechamento desta edição.

Histórico – Justificando que a ação faz parte de um processo de reorganização das atividades do IML de São Paulo, Doria ordenou o fechamento da unidade de Ubatuba no último dia 26.

Desde então, os moradores são obrigados a recorrerem ao IML de Caraguatatuba para acessar exames de corpo delito (procedimento que detecta lesões) e trâmites burocráticos relacionados a mortes violentas de parentes.

Tentando sensibilizar o governador, Sato argumenta que o ato prejudica consideravelmente as famílias de Ubatuba, que agora tem que se deslocarem cerca de cinquenta quilômetros para acesso ao serviço na cidade vizinha.

Além da cidade litorânea, Pindamonhangaba também teve seu IML fechado pelo Estado. Alegando o processo de restruturação do serviço e de falta de demanda, Doria ordenou a desativação do aparelho público no último dia 10.

A ação revoltou o prefeito Isael Domingues (PL), que prometeu recorrer a Justiça caso o tucano não volte atrás.

Procurada pela reportagem do Atos na última sexta-feira, a Prefeitura de Pindamonhangaba revelou que Isael aguarda o agendamento de uma reunião com o secretário de Segurança Pública do Estado, general João Camilo Pires, para discutir o tema.

 

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