Mineiro renuncia candidatura em Cachoeira Paulista

Decisão de acabar com campanha nesta sexta-feira finaliza período de disputa judicial, por processo de “infração político-administrativa”

Ainda candidato, Antônio Mineiro participou do debate realizado em Lorena na quinta-feira; um dia depois, a renúncia (Foto: Bruna Viana)

Da Redação
Cachoeira Paulista

A corrida eleitoral de Cachoeira Paulista recebeu uma notícia que caiu como uma bomba na noite desta sexta-feira (20). Cassado do mandato em abril, Antônio Carlos Mineiro (Avante) renunciou à sua candidatura à Prefeitura.

Mesmo após a cassação do mandato, que teve como foco o processo pelo sumiço de R$ 60 mil de dentro de uma gaveta do seu gabinete, em fevereiro de 2022, Mineiro decidiu se candidatar, numa tentativa de retomar o cargo, hoje ocupado pelo seu vice, Dr. Ailton Vieira (PSD), também candidato.

Mas o projeto, pelo Avante, teve a primeira grande derrota no final de agosto, quando sua candidatura foi impugnada, em decisão do juiz Anderson da Silva Almeida, que indeferiu o registro após declarar que ele está inapto a concorrer às eleições devido ao processo que tirou seu mandato. Mineiro recorreu da decisão da Justiça Eleitoral.

Os autores do pedido de impugnação junto ao Ministério Público Eleitoral foram o candidato a prefeito Pastor Rodolfo (DC) e o candidato a vereador, Marcelo Galvão Advogado (PSB), que o acusaram pela prática de “infração político-administrativa”.

Nesta sexta-feira, o candidato foi às redes sociais comunicar a renúncia. “Hoje, com muita tristeza, venho comunicar à toda população cachoeirense minha renúncia à candidatura. Não preciso e não entrei nesta jornada para fazer carreira política, mas para cuidar da nossa cidade”, postou Mineiro, que seguiu. “Acreditei na Justiça, não cedi a propostas corruptas para evitar minha cassação, confiei, pois fui vítima de um crime. Não cometi crime algum, sofri e estou sofrendo perseguição política”.

Pastor Rodolfo já havia sido o autor, no ano passado, do pedido de abertura de uma CEI (Comissão Especial de Inquérito) contra Mineiro, no caso da reconstrução da ponte da Turma 26, que caiu em janeiro de 2023 após o município ser atingido por uma forte chuva. Na ocasião, o então prefeito foi cassado, mas a Justiça o devolveu ao cargo 36 horas após o afastamento.

Além de Rodolfo e Ailton Vieira, disputam o cargo na cidade Aurélio da Farmácia (Republicanos), Breno Anaya (PP), Dimas Satin (PRTB) e Fernando Hummel (PSDB).

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