Júri dos acusados de matar Benito é adiado
Potim aguarda nova data para julgamento; acusados foram presos no mesmo dia do assassinato
Rafael Rodrigues
Potim
Amigos e parentes do ex-prefeito de Potim, Benito Thomaz, esperavam que o julgamento dos dois acusados de terem matado o político fosse realizado no último dia 15, mas a sentença ainda vai demorar para acontecer. A informação foi confirmada pelo Fórum de Aparecida, que não soube precisar a nova data para o júri.
Os dois réus, um de 26 e outro de 29 anos, foram presos no mesmo dia em que o ex-prefeito foi assassinato em plena Praça Pública. Benito foi alvejado no dia 18 de agosto de 2014, no Centro da cidade. Os suspeitos confessaram o assassinato. Na época eles disseram à polícia que o crime foi motivado por vingança, mas não apontaram o mandante.
O júri estava marcado para às 9h, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo havia informado na última semana sobre a possibilidade de cancelamento, por causa de um pedido da defesa.
Dr. Jeferson Monteiro, advogado especialista em direito administrativo, esclareceu o funcionamento de um júri popular. Segundo ele, a prática sempre movimenta a cidade. O especialista explicou a formação do júri. “O júri popular é composto por sete jurados, que são escolhidos no dia entre os 25 convocados, e após a escolha é formado o conselho de sentença. O juiz de direito tem a função de administrar o trabalho e proferir a defesa”.
Segundo ele, qualquer um pode fazer parte do júri, até mesmo se oferecendo para função. “Existe uma lista com nomes de diversas pessoas, desde professores, comerciantes, funcionários públicos. Os únicos excluídos são funcionários do judiciários, advogados e policiais”.
O acusado de ser mandante do crime foi condenado há 14 anos de prisão em março. Ricardo Martins “Guincho” era aliado de um opositor político de Benito, o que teria motivado o crime. Segundo a acusação, ele contratou os dois homens para matar o ex-prefeito.
Martins e a esposa foram presos em setembro de 2014. Ela chegou a responder pela morte de Benito em outro processo, mas foi absolvida.
Ricardo cumpre pena em regime fechado, por homicídio qualificado, no CDP de Taubaté. Ele nega envolvimento com o crime.