Depois de queda de liminar, Teca promete recorrer contra interdição de BR-459
Piquete tem até o fim do mês para tentar reverter pedido do Dnit; rodovia deve ficar fechada por quatro meses
Lucas Barbosa
Piquete
Após a derrubada de uma liminar, o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) comunicou à Prefeitura de Piquete na última semana que interditará por quatro meses a rodovia BR-459/SP, que liga o município à região Sul de Minas Gerais, para a realização de obras de recuperação na pista. Inconformada com a decisão, a prefeita Teca Gouvêa (PSD) revelou na última segunda-feira que tentará reverter o caso na Justiça.
No fim de agosto do ano passado, o Dnit anunciou que a partir do dia 4 de setembro realizaria obras de reparo do pavimento, drenagem e capa asfáltica da BR-459/SP, no trecho entre Piquete e a divisa com Minas Gerais. Na época, o órgão informou que como medida de segurança devido ao traçado sinuoso (muitas curvas) da pista, seria obrigado a interditar totalmente a via durante o serviço de melhorias.
Na época, o anúncio gerou preocupação para os motoristas que utilizam a rodovia BR-459/SP como principal interligação entre a Região Metropolitana do Vale do Paraíba e a Região Sul de Minas Gerais.
A favor da obra, mas contra a interdição total da pista, Teca conseguiu em 1 de setembro uma liminar da 24ª Vara Cível da Justiça Federal que barrou a interdição da via. Mesmo as obras não ocorrendo no trecho, os serviços prosseguiram no ponto da rodovia entre Lorena e Piquete, onde não foi necessária a interdição total.
Nesta semana, a Prefeitura de Piquete foi comunicada no último dia 13 que a liminar foi derrubada pela Justiça. O Município tem até o próximo dia 28 para recorrer da decisão. “Farei o que estiver ao meu alcance para evitar a interdição total. Apresentei ao Dnit uma série de sugestões que apontavam que era possível realizar a obra sem a necessidade de fechar a rodovia. Mas acredito que este posicionamento do órgão é uma espécie de birra, não sendo baseado em uma decisão técnica”, afirmou Teca.
A chefe do Executivo, que conta com o apoio de Lorena e diversas cidades mineiras, explicou os prejuízos que serão causados pela provável interdição. “Além de prejudicar os motoristas que utilizam esta rota para transportarem mercadorias de um estado ao outro, existem muitos moradores de Piquete que estudam e trabalham no Sul de Minas, que terão sua rotina afetada. Outra situação preocupante é que nossos veículos escolares e da saúde utilizam a rodovia para buscarem piquetenses que moram naquela região”, lamentou.
Outro lado – A reportagem do Jornal Atos solicitou um posicionamento do Dnit, mas nenhuma resposta foi enviada até o fechamento desta edição.