Sem diálogo com empresa, trabalhadores da Gerdau de Pinda seguem em greve

Segundo sindicato, paralisação até o momento é total, com adesão de terceirizados; última greve foi em 2014

Funcionários da Gerdau em assembleia realizada na última segunda-feira; greve atinge 100% da fabricação (Foto: Divulgação SMP)
Funcionários da Gerdau em assembleia realizada na última segunda-feira; greve atinge 100% da fabricação (Foto: Divulgação SMP)

Letícia Noda
Pindamonhangaba 

Os dois mil funcionários da Gerdau de Pindamonhangaba entraram em greve na manhã desta segunda-feira. A campanha é pelo abono salarial.

A categoria já vinha realizando paralisações nas últimas semanas e tentava negociações com a empresa, mas a última proposta foi reprovada em assembleia, acarretando na greve dos trabalhadores. A medida segue por tempo indeterminado, com produção totalmente paralisada.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos, até o momento, a greve teve adesão total dos funcionários, inclusive de terceirizados.

De acordo com o vice-presidente da entidade, André Oliveira, após a entrega do comunicado de greve, a empresa atuante no ramo do aço apresentou uma nova proposta, com um valor de abono para janeiro, mas que também foi reprovada.

“Isso mostra a mobilização dos trabalhadores. A gente percebe também um pouco de revolta com excesso de pressão e questões de segurança. A produtividade da empresa está aquecida e os trabalhadores resolveram mostrar pra empresa quem realmente é importante para que essa produção aconteça”, destacou Oliveira, em nota encaminhada pelo órgão.

Assessor de imprensa do sindicado, Guilherme Moura, afirmou que a entidade ainda não conseguiram uma conversa com a fábrica a respeito da possibilidade de uma reunião com uma nova proposta, mas disse que “independente disso, na terça-feira de manhã tem assembleia novamente” e explicou que a cada dia de greve é votada em reunião pelos trabalhadores.

O Jornal Atos procurou a empresa Gerdau, mas não obteve nenhuma resposta até o fechamento desta edição.

 

 

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