Pinda é reconhecida pelo Estado pela prevenção de DST’s

Ações de atenção na rede pública garante título ao município, que estuda ampliação de assistência

Cruzeiro inicia campanha contra doenças sexualmente transmissíveis; Fique Sabendo tem início na próxima semana (Foto: Reprodução EBC)
Pinda é referência em diagnóstico e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis (Foto: Reprodução EBC)

Bruna Silva
Pindamonhangaba

O Governo do Estado de São Paulo reconheceu, no último dia 3, Pindamonhangaba como uma cidade referencial no diagnóstico e tratamento de doenças sexualmente transmissíveis. O reconhecimento foi motivado por ações de prevenção e diagnóstico precoce realizados pela secretaria de Saúde, entre os anos de 2016 e 2017.

Segundo informações da Prefeitura, a secretaria de Saúde de Pindamonhangaba recebeu destaque do Centro de Referência de Tratamento DST/Aids do Estado por proporcionar unidades descentralizadas para a realização de teste rápido para o diagnóstico HIV/Aids e sífilis.

Nos últimos dois anos, Pindamonhangaba reduziu em 82% os casos de sífilis congênita, quando é transmitida de mãe para o filho, e em 21% em gestantes.

Segundo o diretor do Departamento de Proteção aos Riscos de Agravos à Saúde, Rafael Lamana, o reconhecimento é referente às ações do “Fique Sabendo”, em que os moradores podem realizar um teste rápido para a identificação de doenças sexualmente transmissíveis. Os pacientes que forem identificados com a doença são diretamente encaminhados para o tratamento adequado.

“O projeto foi pensado a partir da análise dos altos índices de sífilis na cidade, logo, tivemos a ideia de chegar mais próximo para um acolhimento melhor dos moradores. Notamos que a doença tinha maior incidência nos bairros Bem Viver e Araretama, lá fizemos ações na praça. Para a população em geral, além das unidades, estamos presentes na praça Monsenhor Marcondes nesta semana”, afirmou Lamana.

Além dos testes rápidos, o diretor relatou que o trabalho realizado em Pindamonhangaba é também de prevenção, por meio de esquetes (pequenas peças de teatro) e palestras para os alunos das redes municipal e estadual de ensino, além das ações nas unidades de saúde dos bairros.

A sífilis vem tendo aumento significativo, segundo Lamana, que lembrou que este é um fator a nível nacional, não somente em Pindamonhangaba. “Isso acontece por falta do uso do preservativo, a doença acaba que se alastrando como um todo”.

Atualmente, Pindamonhangaba possui setecentas pessoas recebendo tratamento contra o vírus HIV na rede pública de saúde. Um dos locais indicados para o tratamento é o Setor de Infectologia da cidade, que conta com profissionais sensibilizados para a causa como médicos e psicólogos.

O diretor destacou que a prevenção ainda é a melhor forma de lidar com a causa, e que a população deve estar atenta ao uso do preservativo. “A sífilis tem cura, mas o HIV não, por isso as pessoas devem praticar sexo seguro. Em casos de HIV é preciso ter cuidado com agulhas e aos demais contatos com o sangue de pessoas infectadas”, finalizou.

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