Justiça ordena demolição de igreja em Pinda

Medida revolta diocese e fiéis da Paróquia Sant’Ana; Prefeitura tenta reverter decisão para salvar prédio

A Paróquia de Sant’Ana, construída há quase 18 anos, alvo de polêmica após decisão judicial por demolição (Foto: Reprodução)
A Paróquia de Sant’Ana, construída há quase 18 anos, alvo de polêmica após decisão judicial por demolição (Foto: Reprodução)
Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

A 1ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Estado ordenou no último dia 2 a demolição da nova Igreja Matriz da Paróquia Sant’Ana, de Pindamonhangaba.  A decisão, em primeira instância, gerou indignação dos fiéis e da Mitra Diocesana de Taubaté, responsável pela paróquia da cidade vizinha.

Ajuizada pelo Ministério Público, a ação civil pública denuncia que a Igreja Matriz da Paróquia Sant’Ana, construída há quase 18 anos, compromete a estrutura e a visibilidade da antiga capela do templo religioso, popularmente conhecida como ‘igrejinha’, erguido em 1879. As edificações vizinhas ficam localizadas na praça Dom Pedro II, no bairro Santana.

O Ministério Público cobra a demolição parcial ou total da Matriz da Paróquia Sant’Ana, com a alegação de que, ao construir o novo local, a diocese não teria levado em conta a importância histórica e arquitetônica da antiga capela. Já a “Igrejinha”, tombada como patrimônio histórico do município em 2016, deverá ser mantida e recuperada.

A decisão judicial gerou polêmica pelas redes sociais e ruas de Pindamonhangaba. Enquanto internautas ligados a movimentos de preservação histórica e cultural foram favoráveis à medida, religiosos demonstraram descontentamento.
Em seu site oficial, a Mitra Diocesana de Taubaté explicou que a construção do novo templo foi necessária, já que a estrutura anterior não comportava mais o número de fieis que acompanhavam as missas.

A nota oficial ressaltou que a entidade “lamenta profundamente tal acontecimento, e recorrerá da decisão, a qual considera unilateral e lesiva à comunidade”.

Já a Prefeitura afirmou que está ciente de todos os autos do processo judicial, e irá recorrer da decisão, que ainda está em primeira instância. O Executivo revelou ainda que realizará um novo estudo referente a real necessidade do tombamento histórico da antiga capela.

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