Isael planeja enxugar folha salarial em até R$ 11 milhões com demissões voluntárias
Proposta de PDV busca convencer cerca de 160 servidores; programa é apresentado ao Sindicato
Lucas Barbosa
Pindamonhangaba
Com o objetivo de enxugar a folha salarial em até R$ 11 milhões ao ano, a Prefeitura de Pindamonhangaba apresentou na última semana os detalhes do PDV (Plano de Demissão Voluntária) ao Sindicato dos Servidores Municipais.
A proposta, que deverá ser lançada ainda no primeiro semestre do ano, busca convencer cerca de 160 funcionários, já aposentados, a deixarem de exercer os cargos.
De acordo com o Executivo, a iniciativa almeja reduzir os gastos da folha de pagamento, que chega anualmente a cerca de R$201 milhões, de 51,7% para 48% da receita.
A ação é considerada essencial para equilibrar as contas do Município, já que a despesa com pessoal está 0,4% acima do limite considerado prudencial pela Lei de Responsabilidade Fiscal. A situação impede a abertura de concursos públicos, para a contratação de novos servidores.
Além do secretário de Administração, Fabrício Augusto Pereira, e do diretor de Recursos Humanos, Thiago Vieira, a reunião realizada no último dia 9 contou com a presença do presidente Sindicato dos Servidores Municipais, Daniel Ramos.
Segundo Pereira, o principal benefício que será concedido aos trabalhadores que aderirem ao PDV, será o recebimento do pagamento de um salário base acrescido dos adicionais fixos para cada ano trabalhado, num teto de dez salários.
Já o prefeito Isael Domingues (PR) ressaltou a importância da medida. “O plano é algo lícito e participa somente quem quiser. De forma alguma nossos colaboradores serão pressionados a aderirem à proposta. Estamos otimistas e acreditamos que, devido aos benefícios que estão sendo oferecidos, contaremos com uma boa adesão, refletindo numa redução da nossa folha salarial”.
A reportagem do Jornal Atos tentou entrar em contato com o presidente do Sindicato dos Servidores Municipais, Daniel Ramos, mas ele não foi localizado para comentar a reunião.
Durante entrevista para o site de notícias “G1”, no último dia 15, o sindicalista mostrou-se favorável à proposta, mas cobrou que ela seja estendida aos outros servidores.
A expectativa do Executivo é que o projeto do PDV seja encaminhado à Câmara até o fim do mês. Caso a proposta seja aprovada, os interessados terão até noventa dias para aderi-la.