Chuvas intensas causam estragos em Pinda e no Litoral
Danos causados pelas tempestades tiveram estragos e retiradas de famílias; Assistência Social acompanha casos de moradores afetados
Bruna Silva
Pindamonhangaba
As chuvas dos últimos dias têm causado estragos em diferentes pontos da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba). No último sábado, Pindamonhangaba registrou quedas de árvores, além de danos em moradias. Cidades litorâneas como Caraguatatuba, São Sebastião e Ilhabela também foram afetadas.
De acordo com a Defesa Civil de Pindamonhangaba, a intensa chuva, acompanhada de ventos fortes, que caiu na cidade na tarde de sábado, afetou diretamente os bairros Maricá, Lessa, Boa Vista, além do Centro, especificamente a rua Miguel Ângelo. Houve também a queda de uma árvore no cemitério municipal.
Ainda no dia da tempestade, os agentes atenderam um chamado de destelhamento no Castolira. Duas famílias foram atingidas, mas não houve vítimas. O local segue em isolamento para a elaboração do laudo, já os moradores foram transferidos para outra residência e recebem acompanhamento da secretaria de Assistência Social.
Outras localidades que sofreram com quedas de arvores estão recebendo ações de corte de galhos e troncos para a desobstrução de vias públicas e o recolhimento da vegetação, feito pela secretaria de Meio Ambiente. “As ações da Defesa Civil iniciam através do recebimento de chamados pelo CCO (Centro de Controle Operacional) da secretaria de Segurança Pública do município, através do 199, atendido 24 horas pela Guarda Municipal, que registra todos os chamados de ocorrências e nos aciona”, explicou o diretor da Defesa Civil, Josué Bondioli.
Os monitoramentos em Pindamonhangaba ocorrem regularmente em áreas de risco. O diretor revelou que nesse caso foi uma chuva com ventos em pontos isolados. “Não há a necessidade de monitoramento, com exceção às famílias afetadas pelo destelhamento”, enfatizou.
A manutenção e conservação de árvores são atribuições da secretaria de Meio Ambiente. Eventualmente a Defesa Civil é acionada para colaborar na vistoria em conjunto com as equipes, além de responder aos atendimentos de emergência na cidade.
Litoral – São Sebastião, Caraguatatuba e Ilhabela também foram afetadas pelas fortes tempestades. Na segunda-feira, São Sebastião entrou em estado de alerta porque as chuvas ultrapassaram os 100 milímetros. A Defesa Civil afirmou que é necessário redobrar a atenção nas áreas de encosta e se atentar aos sinais de movimentação de massa, como trincas em solo e residências. Cerca de dez pessoas estão desabrigadas na cidade.
A Defesa Civil de Ubatuba retirou uma família e auxiliou outras duas que tiveram casas alagadas. Os moradores atendidos nos bairros Maranduba e Araribá foram encaminhados para casa de parentes. A Prefeitura destacou que a região sul da cidade foi a mais atingida.
Já em Caraguatatuba houve pontos de alagamento e o Corpo de Bombeiros foi acionado para realizar atendimento após a queda de um barranco. Não houve vítimas, e o caso segue com o acompanhamento necessário. O acumulado de chuvas das últimas 72 horas em alguns pontos foi de 270 milímetros de chuva (volume registrado boa parte em seis horas na noite de ontem). O previsto para o mês é de 287 milímetros.
A Defesa Civil monitora a região do bairro Tabatinga, que registrou os maiores acumulados de chuva. Entre as problemas está a situação do rio Tabatinga, que fica na divisa de Caraguatatuba com Ubatuba. O rio ainda está cheio, o que dificulta o escoamento das águas.
Em Ilhabela foram registradas, ao menos, sete ocorrências de alagamentos e quedas de arvores. Não há desabrigados, até o momento. Em todas as cidades, em casos de emergência, a Defesa Civil deve ser acionada.
Atenção – O Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais) fez um alerta para o aumento de risco de desastres naturais que possam ser provocados pelas chuvas no Litoral. Caraguatatuba e Ubatuba são, de acordo com o órgão, pontos mais arriscados, com alerta emitido de nível máximo. A Defesa Civil das cidades foram comunicadas.
O Centro de Monitoramento frisou que as famílias devem estar atentas às mudanças no solo em áreas com risco de deslizamento, e que não devem utilizar estradas. Os moradores devem acionar a Defesa Civil em caso de indício de deslizamentos.