Após contaminação, Pinda intensifica ações de preservação no Ribeirão Grande

Prefeitura reforça conscientização; núcleos irregulares não possuem saneamento

O Ribeirão Grande que passa por trabalho de preservação da Prefeitura; bairro recebe processo de regularização fundiária (Foto: Divulgação PMP)
O Ribeirão Grande que passa por trabalho de preservação da Prefeitura; bairro recebe processo de regularização fundiária (Foto: Divulgação PMP)

Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

Enquanto tenta regularizar a situação de 11 núcleos habitacionais clandestinos no Ribeirão Grande, a Prefeitura de Pindamonhangaba intensificou no último mês as ações de preservação do córrego que corta o bairro, que tem apresentado resultados preocupantes de contaminação. Para evitar que o problema se agrave, o município busca conscientizar a população sobre os riscos do despejo irregular de esgoto.

Durante o primeiro semestre do ano, análises da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) apontaram que as águas do ribeirão que dá nome ao bairro estavam impróprias para o banho devido à alta concentração de coliformes fecais (bactérias provenientes de fezes humanas e de animais).

Para averiguar os fatores que motivaram a contaminação, a Prefeitura realizou diversos estudos no bairro em julho, como perfurações no solo para averiguação da profundidade e situação dos lençóis freáticos da região.

Na última semana, agentes da secretaria de Meio Ambiente elaboraram um levantamento das questões sanitárias do local. O trabalho consistiu na visitação de imóveis onde foram averiguadas as formas em que as famílias dão destinação ao seu esgoto.

Já que foram construídas em terreno irregular a partir de 1994, cerca de duzentas casas não possuem rede de saneamento básico. “Verificamos que diversas moradias contam com fossas inadequadas, que estão contribuindo para a contaminação dos lençóis freáticos daquela região. Estamos orientando as famílias a realizarem as alterações necessárias nas fossas, e principalmente não despejarem o esgoto diretamente no ribeirão”, explicou a secretária de Meio Ambiente, Maria Eduarda San Martin.

A chefe da pasta ressaltou ainda que as ações de conscientização e de estudos de melhorias sanitárias no Ribeirão Grande continuarão ocorrendo regularmente até que a qualidade da água melhore.

Regularização – Na edição do último dia 27, o Jornal Atos publicou uma matéria mostrando o andamento do processo de regulamentação dos 11 núcleos habitacionais clandestinos do Ribeirão Grande. Na ocasião, o diretor de Regularização Fundiária, Germano Miguel de Assis, explicou que o município está investindo recursos próprios no procedimento de regulamentação, iniciado em 2018. Além de análises da topografia do bairro, no último dia 24 a pasta realizou uma reunião com as famílias no Centro Comunitário do Ribeirão Grande. No encontro, o Executivo distribuiu cartilhas informativas, que explicam os próximos passos e prazos do trabalho de regularização da área, previsto para ser concluído em até um ano.

 

 

 

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