Lorena anuncia kit merenda para alunos da rede pública municipal após entrave com TCE
Distribuição sem data prevista para início enquanto as aulas presenciais retornam no próximo dia 16
Rafaela Lourenço
Lorena
A Prefeitura de Lorena encerrou a “novela do kit merenda escolar”, na última semana. Com a realização do processo licitatório, os trabalhos seguem para o início das distribuições aos alunos da rede pública municipal de ensino. Atendimento aos pedidos recorrentes de famílias da cidade, que deve ter o retorno das aulas presenciais no próximo dia 16.
Enquanto municípios como Silveiras, Cruzeiro e Cachoeira Paulista deram continuidade à distribuição dos kits merenda desde 2020, Lorena “patinava” com o seu pregão. Desde abril, previsão de início dos serviços, o Município marcou e reagendou datas para o certame, que recebeu apontamentos e pedidos e impugnação de empresas concorrentes, até a liberação do Tribunal de Contas do Estado.
Definido na última semana, o atendimento em Lorena deve ser feito por até cinco empresas vencedoras. Segundo o secretário de Educação, Claudinei Bastos, os kits serão por modalidades como do ensino totalmente remoto, o híbrido, individual e de pessoas com intolerâncias a produtos alimentícios como a lactose. “Nós tivemos aí, a finalização do processo licitatório e estamos agora na fase de averiguação das amostras do que será disponibilizado para os alunos. Feito isso, tendo o aval a gente entra no processo de assinatura de contrato”, explicou.
Ainda sem uma data para iniciar as distribuições, o kit será montado de acordo com o consumo mensal do aluno e com uma entrega por mês, seguindo a modalidade classificada. Ou seja, se os pais ou responsáveis optarem pelo ensino híbrido, o matriculado receberá os mantimentos referentes aos dias em que não estará na escola e assim sucessivamente. A secretaria de Educação consultou as famílias e cerca de 4,5 mil dos 8,6 alunos, da primeira a nona série, solicitaram a alimentação para as residências.
Sobre os valores dos contratos com vigência até dezembro, o secretário alegou que não acompanhou a tomada de preços, mas garantiu que haverá uma economicidade para o Município. “Como o leilão é por lotes, não tem como evitar (vitória de mais empresas), aí foram as melhores ofertas por cada lote. Se tivéssemos servindo para todos os alunos da rede, de abril até dezembro, o kit remoto, o valor chegaria em torno de R$ 6 milhões. Como vai ter início agora e não vão ser todos alunos, vai perceber um valor muito menor, coisa de 40% a menos”, frisou Bastos.
A projeção deve ser feita após um mês de distribuições de acordo com a demanda que pode aumentar com as adesões ou diminuir, com a presença de mais alunos nas unidades escolares.
Volta às aulas presenciais – Os profissionais da Educação retornarão no próximo dia 11, para um replanejamento sobre a volta às aulas presencias programada para o dia 16 de agosto, com 50% dos alunos. Será mantido o sistema híbrido, revezando os estudantes por grupos semanais, como A e B. Devido o distanciamento mínimo de um metro para todas as atividades, as escolas não comportariam 100%.
As aulas serão presenciais de segunda a quinta-feira. Já as sextas-feiras serão reservadas para o atendimento remoto dos alunos que estarão em casa.
De acordo com o secretário de Educação da região, como o de Cruzeiro, José Farouk, que retomou as aulas presenciais na última segunda-feira (2), este retorno “é um direito e não um dever dos alunos”.
Quanto aos professores, os de grupo de risco que ainda não tomaram a segunda dose contra a Covid-19, não retornarão aos trabalhos presenciais até completarem o esquema vacinal. A ação poderá acarretar em classes integralmente no sistema remoto por um determinado período, pois não haverá substituição do mesmo. “Professor que está no teletrabalho ele não está de licença. Ele está trabalhando e não há mecanismos que justifiquem pagar por um mesmo serviço, dois profissionais diferentes”, frisou Bastos.
Creches suspensas – Por enquanto, as creches seguem sem um retorno previsto. A Prefeitura alegou priorizar a segurança das crianças, apesar de reconhecer a necessidade do serviço para as comunidades. “O bebe precisa de colo e isso sujeita a criança a alguma situação que pode levar ao contágio. Também temos que pensar ainda nos protocolos de saúde da criança”, citou Claudinei ao concluir que não é uma atitude inédita de Lorena, pois o Executivo segue acompanhando municípios vizinhos, que também estão ponderando neste retorno, no momento.