Lorena analisa ampliar parcelas do Auxílio Emergencial Temporário
Prefeitura inicia estudo de viabilidade financeira; primeira fase teve investimento de quase R$ 1,5 milhão
Lucas Barbosa
Lorena
Um dia após divulgar um estudo sobre os perfis socioeconômicos dos moradores de Lorena mais vulneráveis à pandemia do novo coronavírus (Covid-19), a Prefeitura revelou na última quinta-feira (16) que estuda a ampliação das parcelas do programa de Auxílio Emergencial Temporário, apelidado de “bolsa família municipal”. Disponibilizado entre maio e junho, o apoio de R$ 244,84 contemplou quase seis mil famílias carentes.
De acordo com a Prefeitura, foi iniciado nesta semana um estudo de viabilidade econômica para avaliar a possibilidade de estender a ajuda financeira concedida à 5.851 famílias de baixa renda.
A possível ampliação de parcelas do “bolsa família municipal” foi discutida na Câmara, após a apresentação de um requerimento do vereador Anderson Aparecido Pinto, o Careca da Locadora (PSDB).
Anunciado pelo prefeito Fábio Marcondes (sem partido) no início de abril, o benefício concedeu o pagamento de duas parcelas de R$ 122,42 aos moradores cadastrados até 20 de março no CadÚnico da secretaria de Assistência Social, considerados em situação de extrema pobreza, pobreza ou de vulnerabilidade social.
Contando com um investimento municipal de R$ 1,432 milhão, a inciativa tenta contribuir para que os contemplados tivessem mais recursos para se manterem durante a pandemia.
De acordo com o Executivo, a divisão em critérios socioeconômicos das 5.851 famílias beneficiadas foi de 1.177 em situação de extrema pobreza (renda per capita mensal de R$ 0 à R$ 89), 2.484 em situação de pobreza (renda per capita mensal de R$ 89,01 à R$ 178) e 2.190 de baixa renda (renda per capita mensal de R$ 178,01 a R$ 519,5).
Questionada, a Prefeitura de Lorena preferiu não revelar quando pretende anunciar se estenderá ou não as parcelas do “bolsa família municipal”. Na última semana, durante entrevista à reportagem do Jornal Atos, a vice-prefeita Marietta Bartelega revelou que, em caso de possibilidade de investimento para novas parcelas, a proposta precisaria de uma aprovação na Câmara.
Estudo – Disponível no site oficial da Prefeitura, desde a última quarta-feira, o estudo sobre o perfil socioassistencial de Lorena, identificou os públicos mais vulneráveis a enfrentarem dificuldades econômicas e serem contaminados durante a pandemia. Ao detectar o grupo, a secretaria de Assistência Social desenvolverá ações de apoio para minimizar os impactos e riscos.
O levantamento aponta que integram este público: moradores em situação de pobreza ou de extrema pobreza, trabalhadores informais, catadores de lixo e cooperativados de reciclagem, empregadas domésticas, diaristas, artesãos, camelôs, profissionais do sexo, pessoas em situação de rua, população rural e famílias com presença de idosos ou de portadores de necessidades especiais.
Um ponto preocupante apontado pelo estudo é que cerca de 48% das famílias inseridas no Cadastro Único tem renda perca pita abaixo de R$ 178.
O boletim revela também que a taxa da população em situação de extrema pobreza aumentou ao longo dos últimos anos, fato motivado pela redução de famílias beneficiadas pelo programa federal Bolsa Família e pela alta taxa de desemprego do país.