Defesa Civil e secretarias alinham Plano Preventivo de Combate às chuvas em Lorena
Prefeitura investe R$ 1,6 milhões desassoreamento dos rios Mandi e Taboão para reduzir riscos de alagamentos na cidade
Andréa Moroni
Lorena
A Defesa Civil de Lorena se prepara para a possibilidade de tempestades e alagamentos durante o verão. Na semana passada foi realizada uma reunião para alinhar as ações do Plano Preventivo de Combate às Enchentes, que segue até o dia 31 de março de 2024.
O plano estabelece diretrizes para o enfrentamento de riscos hidrometeorológicos, como enchentes, alagamentos e inundações, destacando o papel de cada secretaria e órgão de segurança nessas situações.
O objetivo é reduzir riscos e danos diante de desastres, proteger pessoas e patrimônios, além de gerenciar as ações de Defesa Civil. “Esse plano envolve várias secretarias e cada uma tem função específica em caso de enchentes ou alagamentos”, explicou o presidente da Defesa Civil, Wagner Oliveira.
Pelo Plano, a secretaria de Desenvolvimento e Assistência Social fica responsável pela vistoria das áreas atingidas por alagamentos. Os dados coletados são enviados à Defesa Civil para definir a distribuição de cestas básicas e kits de higiene se for necessário.
A secretaria de Esportes será acionada para dar abrigo às famílias no caso de evacuação dos locais afetados. Nesse caso, o CSU (Centro Social Urbano) será o centro de acolhimento. Já a secretaria de Meio Ambiente fica responsável pela retirada de árvores e galhos, entulho e móveis descartados pelos moradores.
Oliveira explicou que a Defesa Civil faz o monitoramento nos bairros que são mais atingidos por alagamentos. “Nós monitoramos o Novo Horizonte, onde o Rio Mandi passa perto das casas, Vila Cida, principalmente na Avenida Eugênio Borges, que recebe a água que desce da Vila Rica e enche rapidamente”.
O presidente da Defesa Civil destacou que a cidade não registrou alagamentos em 2022 nos bairros Santa Edwirges, Vila Nunes, Vila Brito e Birro da Cruz, devido à limpeza que tem sido feita frequentemente no Rio Mandi, nas valas e também nas margens do Rio Paraíba. “Essas ações são muito importantes para evitar enchentes em caso de tempestades”.
Estiveram presentes na reunião o comandante do Corpo de Bombeiros, tenente Luís Muller Costa; o secretário Municipal de Segurança, coronel Marcos Oliveira; o coordenador da Defesa Civil, Wagner Oliveira e outros secretários municipais como Lucas Mulinari (Manutenção e Serviços Municipais); Samuel de Melo (Meio Ambiente); Rosana Reis (Obras e Planejamento Urbano); Fernanda Santiago (Governo); Francine Capella (Assistência e Desenvolvimento Social); Augusto Rédua (Esporte e Lazer); Rafael Soares (Trânsito e Transportes) e Jair Salles (Agricultura e Desenvolvimento Rural).
Rio Mandi – O desassoreamento do rio segue na cidade pelo terceiro ano consecutivo. Trechos próximos à USP e os bairros Santa Edwiges, Vila Geny, Vila Nunes e Vila Brito já receberam os trabalhos.
A limpeza e desassoreamento também atendeu o Rio Taboão, próximo à secretaria de Saúde, na região central.
A secretaria de Obras está fazendo a implantação de aduelas de drenagem no final da avenida Targino Vilela Nunes, na Vila Nunes, no trecho do Rio Mandi. O tempo estimado para a obra é de 6 a 12 meses.
A obra está orçada em R$ 1,6 milhão, com recursos da própria Prefeitura. Segundo a engenheira e secretária de Obras e Planejamento, Rosana Reis, a troca da drenagem é necessária porque no local existem duas linhas de tubos de concreto de 1,5 mil milímetros, que ficam abaixo da pavimentação asfáltica, insuficientes para atender a vazão total da água do Rio Mandi até a foz do Rio Paraíba. “Durante anos a mesma bacia serve de deságue para diversos projetos de micro drenagem do município, que vem aumentando drasticamente, ultrapassando a capacidade hidráulica dos extravasores”, destacou a secretária de Obras e Planejamento, Rosana Reis.