Soliva crava reabertura do Museu Rodrigues Alves para este ano
Município e Estado estão em fase final de negociação para recuperação do prédio; Prefeitura deve assumir gestão
Leandro Oliveira
Guaratinguetá
O prefeito de Guaratinguetá, Marcus Soliva (PSB), garantiu que o Museu Rodrigues Alves será reaberto ainda neste ano. A Prefeitura e o Governo Estado negociam uma troca no comando e gestão do museu.
Atualmente, o espaço é gerido pelo Estado, mas Soliva tem como intenção usar o Museu Rodrigues Alves como carta na manga pela aprovação do novo prédio do Pronto Socorro Municipal.
Isso porque o prefeito propôs ao governador Geraldo Alckmin (PSDB) que, caso os prédios da Delegacia Geral de Polícia, Delegacia da Mulher, Plantão Policial e antiga cadeia pública de Guaratinguetá sejam aprovados como novo Pronto Socorro, a Prefeitura assumiria os custos, despesas e manutenção do museu.
A reabertura também faz parte de um plano da Prefeitura para ampliar as opções turísticas na cidade. Soliva já havia revelado no começo do ano que o Museu precisa ser reaberto com reais condições de se manter funcional. “Nós estamos trabalhando pela reabertura da Casa de Rodrigues Alves. Nossa expectativa é que seja reaberto ainda neste ano”.
As tratativas pela reabertura se iniciaram em janeiro e estão em fase final. Alckmin já deu sinal positivo pelo novo Pronto Socorro Municipal, e o veredicto deve ser dado após uma reunião entre os secretários de Saúde e Segurança Pública do Estado, David Uip e Mágino Alves, respectivamente, e os líderes da gestão Soliva.
Com a iminente aprovação, a discussão sobre a mudança de gestão do Museu foi engrossada. “Estamos na fase final de negociação com o Governo do Estado, mas para isso precisamos negociar formas de dar sustentabilidade para que ele não seja reaberto e feche novamente. Ele faz parte da história e cultura da nossa cidade, bem como Frei Galvão, filhos ilustres e festas tradicionais”, concluiu.
O Museu Rodrigues Alves está fechado desde 2008. O casarão é tombado pelo Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico) e pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico Artístico Nacional).
O motivo pelo fechamento é um impasse entre a Prefeitura de Guaratinguetá e o Estado, após entrega de restauração do museu, em dezembro de 2009.