Seccold confirma prisão temporária de Gilberto Nering e Bernadete Pessini
Ex-diretor do Hospital Frei Galvão e ex-esposa se entregaram nesta segunda
Leandro Oliveira O ex-diretor do Hospital Frei Galvão, Gilberto Nering, e sua ex-esposa, Bernadete Pessini, se entregaram à Polícia Civil nesta segunda-feira (23). A informação foi confirmada pela polícia. Nering e Bernadete são alvos de uma investigação do Seccold (Setor Especializado no Combate a Corrupção, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro), que indica desvio de ao menos R$ 10 milhões do hospital, segundo os delegados. A Operação Frei Galvão foi deflagrada há duas semanas e aponta Nering e Bernadete como principais investigados. Na última semana, os delegados Francisco Sannini Neto e Sérgio Adler, confirmaram que Gilberto Nering e Bernadete Pessini estavam foragidos. “Os dois são sócios das empresas que eram responsáveis pela administração do Hospital Frei Galvão na época que nós identificamos essas ilicitudes na gestão do hospital”, afirmou Sannini, na última semana, em coletiva de imprensa. As investigações do Seccold estão concentradas no período entre 1997 e 2018. De Nering foram bloqueados todos os imóveis, veículos e contas bancárias, segundo o setor. “Não sabemos ao certo quanto foi apreendido nas contas”, afirmou Adler, ao ser questionado sobre o valor total obtido com o bloqueio de bens móveis, imóveis e bancários do ex-diretor. O Seccold confirmou ainda que Gilberto Nering e Bernadete Pessini ficarão presos temporariamente por cinco dias, procedimento igual ao realizado com outras pessoas que também foram presas na mesma operação. Até agora, além do ex-diretor e ex-esposa, foram três presos temporários. Nering e Bernadete passarão por oitivas e interrogatórios com os delegados ainda nesta semana. Nenhum dos delegados que estão á frente da Operação Frei Galvão quis se pronunciar no momento. HFG – O Hospital Frei Galvão passou por uma reformulação administrativa em agosto de 2018, quando o Instituto Axis passou a administrar as contas e contratos do hospital. Antes do Axis, Nering era o diretor. O Instituto assumiu e realizou análises nas contas da unidade hospitalar e, na época, foi apurada uma dívida de R$ 70 milhões. Segundo os delegados, as investigações devem seguir durante todo ano de 2020. Os agentes já confirmaram que vão interrogar o Instituto Axis, para ter acesso aos balancetes financeiros do hospital nos últimos anos, além dos contratos com empresas prestadoras de serviços e contas.
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