Mulher morre com suspeita de febre amarela em Guaratinguetá

Paciente era de Caçapava e deu entrada em hospital após fazer trilha na região

O hospital Frei Galvão onde mulher morreu após dar entrada om suspeita de febre amarela (Foto: Arquivo Atos)
O hospital Frei Galvão onde mulher morreu após dar entrada om suspeita de febre amarela (Foto: Arquivo Atos)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

Uma mulher morreu após dar entrada no Hospital Frei Galvão, em Guaratinguetá, com suspeita de febre amarela. A paciente, que não teve o nome divulgado, era moradora de Caçapava e confirmou que havia feito trilha em Santo Antônio do Pinhal e Monteiro Lobato. Ela chegou até o hospital por falta de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) na região.

De acordo com a secretaria da Saúde de Guaratinguetá, a mulher não tinha histórico de vacina contra a febre amarela. A vítima procurou atendimento em Caçapava, mas teve uma piora no quadro clínico e procurou atendimento particular no Hospital Frei Galvão. Ela foi atendida no último dia 5 e morreu três dias depois.

Exames laboratoriais foram feitos na paciente e encaminhados ao Instituto Adolfo Lutz, porém o resultado só deve ser divulgado em vinte dias. “A vítima apresentou insuficiência renal, hepática e respiratória, o que culminou com o óbito da paciente. São sintomas condizentes com a febre amarela e outras doenças. Estamos no aguardo para confirmar a causa da morte”, explicou o chefe de Vigilância Epidemiológica do município, Felipe Guedes.

Por não ter histórico de vacina contra a febre amarela, e após ter confirmado que fez trilha entre Santo Antônio do Pinhal e Monteiro Lobato, Guedes ressaltou que a possibilidade da vítima ter contraído o vírus é grande. “Esse local, entre as duas cidades, é um lugar com transmissão da doença. O próprio município de Caçapava tem casos autóctones e casos importados. Tudo isso corrobora com uma situação que comprove, embora ainda seja uma interrogação essa possibilidade”.

Em Guaratinguetá dois macacos foram encontrados mortos, um em janeiro na Rocinha, e outro em março no Tamandaré. Em ambos os casos os primatas foram encaminhados para exames no Instituto Adolfo Lutz, e foram descartadas as possibilidades deles terem sido vítimas de febre amarela.

Sinal vermelho – De acordo com a Vigilância Epidemiológica, a chance do vírus da febre amarela começar a circular em Guaratinguetá é grande devido aos casos confirmados nas cidades vizinhas como Caçapava, Taubaté, Pindamonhangaba e Ubatuba, e o baixo percentual de pessoas vacinadas no município. Apenas 33% da população foi imunizada.

Reforço na vacina – Como o percentual é baixo, a secretaria de Saúde prepara um mutirão para vacinar mais pessoas nos próximos dias. No dia 23 de abril tem início a campanha de vacinação contra a gripe. Através dessa campanha, a vigilância epidemiológica pretende ampliar a cobertura vacinal contra a febre amarela.

 

 

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