Depois de furtar três faculdades da região, criminosos são presos na capital
Quadrilha era formada por brasileiros e colombianos; Guarda da USP Lorena colabora na investigação
Lucas Barbosa
Regional
Após colaboração da Guarda Universitária da USP Lorena (Universidade de São Paulo), a Polícia Civil conseguiu prender parte de uma quadrilha que realizou uma série de furtos em faculdades da região. Criminosos colombianos e brasileiros fingiam ser estudantes para terem acesso às universidades.
Segundo a Polícia Civil, a primeiro ação da quadrilha foi no dia 15 de setembro, quando dois homens desceram de um táxi branco, modelo Colbat, e entraram na Fapi (Faculdade de Pindamonhangaba). As câmeras de videomonitoramento do local flagraram três homens furtando uma filmadora, avaliada em R$ 10 mil, de um estúdio de televisão.
Já em 5 de outubro foi a vez da USP Lorena e Unesp Guaratinguetá (Universidade Estadual Paulista) serem alvos da quadrilha.
Em Guaratinguetá, os bandidos entraram em uma sala de aula e furtaram o notebook de um aluno. Durante a ação, os homens também levaram cartões de crédito da bolsa de outros estudantes.
Já em Lorena, dois criminosos, que desceram do mesmo táxi utilizado no crime em Pinda, furtaram três notebooks e dois projetores multimídia.
Ao consultar as imagens do sistema de videomonitoramento, o chefe de segurança da Guarda Universitária da USP Lorena, Cláudio Camargo, conseguiu identificar o momento em que a dupla realizou os furtos. “Buscando reunir mais informações e alertar as equipes de segurança de outras faculdades da região, criei um banner com sete fotos da ação dos bandidos. Após compartilhar a imagem pelo Whatsapp, os departamentos de Segurança das outras faculdades reconheceram os homens como sendo os mesmos que haviam cometido furtos lá”, explicou Camargo.
O chefe de segurança revelou ainda que em 18 de outubro a quadrilha tentou entrar no Campus II da USP-Lorena, mas fugiu ao perceber que foram identificados pelos funcionários. “Já que tínhamos o número da placa, os seguranças perceberam que era o carro da quadrilha, e acionaram a Polícia Militar. Infelizmente, acho que os bandidos suspeitaram da nossa movimentação e fugiram rapidamente”.
O arquivo das câmeras de segurança da portaria da USP também possibilitou que Camargo identificasse a placa do carro usado pelos ladrões, que foi informada para a polícia. A Unesp também forneceu as imagens da ação dos bandidos para as autoridades policiais.
Munida com as informações, a Polícia Civil rastreou o veículo e descobriu os endereços dos criminosos, nos bairros Glicério, Cambuci e Bela Vista, em São Paulo. Nos locais, parte da quadrilha foi surpreendida pelos policiais. Em um dos imóveis foram presos quatro colombianos e dois brasileiros com celulares roubados, avaliados em cerca de R$ 10 mil.
A Polícia procura ainda outros três homens suspeitos de terem participado dos crimes.