Comandante da PM pede colaboração e confirma ações em bairros críticos de Guará
Capitão Wagner Guimarães assumiu posto nesta semana; experiência em tropas como a Rota pode contribuir para redução de crimes no município
Leandro Oliveira
Guaratinguetá
O novo comandante da Polícia Militar de Guaratinguetá reforçou que a segurança pública depende não somente de patrulhamento policial e aumento do contingente, mas principalmente de incentivos à educação e colaboração da comunidade. Capitão Wagner Guimarães chega ao município após deixar o comando do policiamento da região sul de São José dos Campos, tem 24 anos de carreira e uma trajetória marcada por ações em tropas especializadas como a Rota (Rondas Ostensivas Tobias Aguiar).
Durante entrevista coletiva concedida nesta semana, capitão Wagner apresentou números de pesquisas e ações feitas pela PM na zona sul de São José dos Campos. Para entender a situação de Guaratinguetá, a Polícia Militar também vai trabalhar no mapeamento de pontos considerados críticos quanto à criminalidade.
“Costumo trabalhar com o policial certo, no local certo”, declarou o capitão. “Não adianta termos quantidade e estarmos empenhados em locais que não são necessários, então eu otimizo bastante a qualidade do trabalho e não quantidade”, concluiu o comandante, que declarou ainda que está trabalhando a aproximação comunitária.
A aproximação citada pelo capitão será feita através de reuniões e expansão do programa “Vizinha Solidária”. O patrulhamento será feito normalmente, porém, de acordo com o número de chamadas e ocorrências registradas em cada região. Capitão Wagner assegurou que o policiamento de bicicletas, no Centro de Guaratinguetá, também será contínuo, em especial nas áreas de praças e comércios.
O trabalho no combate ao tráfico de drogas será feito de maneira mais intensa. Paralelo a ele haverá conscientização sobre as consequências do uso de entorpecentes. Quanto aos crimes de homicídios e latrocínios, o capitão enfatizou que é difícil prever ações dessa naturalidade, mas que a PM atuará de maneira mais intensa onde houver registros dessas ocorrências.
“Se existe algum cunho criminal por trás, tráfico envolvido, existem instituições específicas para delinear uma investigação própria para alcançar e identificar, envolver o Judiciário para que apliquemos uma sanção específica. E a parte operacional, (cabe) tentar identificar onde são os pontos que mais acontecem e tentar preveni-los”, salientou.
Capitão Wagner substitui o ex-comandante da 2ª Cia do 23º Batalhão de Polícia Militar do Interior de São Paulo. De acordo com a secretaria de Segurança Pública do Estado, através de números publicados referentes aos primeiros quatro meses deste ano, o município se mantém como um dos mais violentos do Vale do Paraíba. A região, por sua vez, é a que mais registra assassinatos entre as regiões do interior paulista.