Após rompimentos e falhas, Saeg tenta restabelecer fornecimento e confirma obra preventiva até o fim de janeiro

Adutoras das ruas Xavantes e Alexandre Fleming são prioridades; autarquia estuda alternativa de trânsito para evitar tráfego em alta velocidade nas vias

Obra da Saeg, após rompimento de adutora na Alexandre Fleming (Foto: Divulgação PMG)

Leandro Oliveira
Guaratinguetá

Dezembro de 2019 foi marcado por seis rompimentos de adutoras, com cinco ocorrências acarretando em falhas no abastecimento de água em pelo menos 14 bairros de Guaratinguetá. Só na primeira semana de janeiro, outros dois rompimentos foram registrados e algumas localidades também ficaram sem água.

Com o aglomerado de problemas, as ações tiveram de ser agilizadas, porém a Saeg (Companhia de Água, Esgotos e Resíduos) já anunciou que a solução não deve ser tão rápida. A autarquia, pediu apoio aos moradores.

Nesta sexta-feira, o serviço municipal anunciou, em nota, que “em virtude dos recentes rompimentos nas adutoras das ruas Xavantes e Alexandre Fleming, o reservatório de dois milhões de litros do Parque São Francisco, que alimenta os bairros que sofreram interrupção, necessita de tempo para repor o volume necessário para restabelecer e estabilizar sua logística de abastecimento nas localidades mais distantes e mais altas (Santa Luzia, Pingo de Ouro e proximidades)”.

O texto destaca que somado à dificuldade com os rompimentos, o alto consumo nas regiões afetadas, que já estão sendo abastecidas normalmente, deixaram o reservatório com um nível muito abaixo do esperado. “Infelizmente isso ocorre diante das anormalidades que sofremos nos últimos dias. Solicitamos a todos os usuários das regiões que hoje têm seu abastecimento regular de água que contribuam fazendo economia no consumo. Conforme dissemos, por se tratar de um sistema complexo, a previsão é de que se estabilize e regularize o abastecimento em até 48 horas”.

Ações – Para tentar conter os problemas frequentes, a Saeg realiza reparos preventivos nas principais adutoras do Pedregulho, das ruas Xavantes e Alexandre Fleming.

Outra medida que está sendo estudada pela Saeg e pode ser colocada em prática é a instalação de lombadas nas extensões das duas vias, para evitar que caminhões e ônibus transitem em alta velocidade pelas ruas. Segundo o presidente da Companhia, Luciano Passoni, as tubulações subterrâneas de água das duas adutoras estão apenas a trinta centímetros abaixo do asfalto e a trepidação provocada pelo trânsito de veículos pesados facilita o rompimento das adutoras.

De certo, está a instalação de válvulas nas tubulações. “A aquisição das válvulas já aconteceu. Estamos agora em fase de compra e confecção das peças acessórias. Onde eu for instá-la, precisa cortar a tubulação, instalar flanges e é preciso construir uma caixa no solo, que será uma caixa de descarga. A pressão que acumular na rede vai expulsar o volume de água como descarga para aliviar essa pressão, e é preciso lançar essa água numa caixa de absorção”, explicou.

Segundo Passoni, foram investidos até agora R$ 25 mil para compra das válvulas. Ele prevê que sejam gastos pelo menos mais R$ 5 mil com alvenaria para confecção das caixas de descarga. As obras terão início ainda em janeiro e devem ser concluídas no mesmo mês. “A partir do momento que eu tiver todos os equipamentos necessários, em dois dias a gente entende que elas já estejam instaladas. A previsão de execução é agora dentro do mês de janeiro”, assegurou. “O equipamento vem para aliviar a pressão da rede, lembrando que eu tenho redes que foram executadas muito próximas à superfície do asfalto. Elas deveriam estar a 1,5 m de profundidade e têm trechos que ela está a menos de 30 cm. Os equipamentos vão evitar rompimentos, mas cessá-los, eu não posso te dar essa garantia, pois tenho interferência externa”, respondeu, ao ser indagado se a solução encerra definitivamente com os rompimentos.

Problema pesado – Passoni confirmou que vai procurar o departamento de Trânsito para viabilizar a instalação de lombadas nas ruas Alexandre Fleming e Xavantes. “Vou abrir um diálogo para instalação de lombadas para reduzir a velocidade do tráfego para que ele cause o mínimo de vibração no solo possível”.

O rebaixamento das tubulações para evitar que ela sofra danos com o trânsito de veículos pesados está descartado, pois é uma obra complexa e que custaria ao Saeg pelo menos R$ 9 milhões.

 

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