Prefeitura investiga quebra de rampa que feriu passageiro cadeirante em Cruzeiro
Morador diz que equipamento para acessibilidade já havia apresentado problemas; empresa garante que manutenção de veículos segue ritmo regular
Cruzeiro
Coura disse que não teve tempo para reagir, nem mesmo o motorista conseguiu ajudá-lo antes da queda. Segundo ele, a situação não é pontual, já que horas antes chegou a flagrar outro carro em mau estado. “Eu peguei um primeiro ônibus por volta das 15h40, e quando fui subir a rampa não abaixou. A empresa teve que trocar o ônibus. Aí eu fui até o centro da cidade, levei meu sobrinho ao médico e na hora de descer, na esquina de casa, a rampa quebrou e eu cai”.
Paulinho, como a vítima é conhecida, se feriu e teve de ser levado pelo Corpo de Bombeiros para Santa Casa da cidade, onde ficou sob observação, e logo em seguida, foi realizar o boletim de ocorrência contra a empresa ABC Transportes, responsável pelo transporte coletivo em Cruzeiro.
Mas essa não teria sido a primeira vez que ele teve problemas com os ônibus da rede municipal.
O passageiro garantiu ainda que só esse ano foram quatro defeitos apresentados pela rampa de acesso dos ônibus da cidade. “Na primeira vez o cobrador conseguiu me segurar e eu não cai. Nas outras vezes, eu nem sequer subi porque a rampa não funcionava”, contou.
E agora? – O encarregado pela ABC Transportes em Cruzeiro, André Siqueira, disse à reportagem do Jornal Atos que o problema foi um parafuso que se soltou, ocasionando a queda da rampa e consequentemente, de Coura. Para Siqueira, o que aconteceu foi uma fatalidade, e os demais problemas alegados pelo aposentado não têm ligação com o fato ocorrido no último dia 12.
O encarregado da ABC informou que os ônibus não são novos, mas seminovos, e afirmou que periodicamente é feita a manutenção dos veículos.
Em nota, a Prefeitura frisou que no momento em que tomou conhecimento dos fatos “entrou em contato com a empresa ABC Transportes para que providências fossem tomadas de imediato”.
Ainda segundo o texto, a direção da empresa informou que um parafuso de fixação do elevador quebrou, já que “um senhor em sua cadeira de rodas levava uma criança no colo, contribuindo com o acidente”.
Apesar das alegações, o encarregado pela empresa disse que uma rampa suporta aproximadamente 250 quilos, o que afastaria a possibilidade de um cadeirante, com uma criança no colo no momento do acidente, ser o motivador para a quebra do equipamento.
Prefeitura e ABC Transportes lamentaram o ocorrido e se comprometeram para que situações como a de Paulinho não se repitam na cidade.