Polícia Civil desarticula esquema de tráfico de drogas na P2 de Potim

Acusados de colaborar com detentos, operários do Hospital Regional de Cruzeiro são presos; deflagrada em quatro cidades, operação apreende celulares e entorpecentes

Materiais apreendidos pela Polícia Civil em operação em Cruzeiro (Foto: Divulgação PC)

Da Redação
Cruzeiro

Uma operação deflagrada pela Polícia Civil de Cruzeiro no último fim de semana desarticulou um esquema de tráfico de drogas que abastecia a Penitenciária 2 de Potim, a P2. Além de detentos, a ação criminosa contava com a participação de operários que atuavam na construção do Hospital Regional de Cruzeiro.

Comandada pela Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) de Cruzeiro, a operação cumpriu na última sexta-feira (16) mandados de busca e apreensão em endereços distribuídos por Cachoeira Paulista, Silveiras, Potim e Cruzeiro, inclusive no canteiro de obras do Hospital Regional no bairro Vila Juvenal. Nos locais, os policiais civis apreenderam diversas porções de entorpecentes e aparelhos celulares que, segundo as investigações da Dise, seriam comercializados na P2.

Presos na ação, quatro operários são suspeitos de receber e repassar drogas a cinco detentos da P2, que por estarem em regime semiaberto trabalhavam durante o dia na obra do Hospital Regional através de um convênio estadual firmado com a construtora do equipamento público. A apuração policial aponta que após receber os entorpecentes, os presidiários os engoliam ou introduziam no ânus para conseguir levá-los ao interior da unidade prisional. 

Segundo a Dise, os detentos escondiam diversos celulares em vestiários do canteiro de obras do hospital, sendo que os aparelhos eram utilizados para coordenar a aquisição, entrada e distribuição dos entorpecentes na P2. Os policiais civis descobriram ainda que os operários ganhavam R$ 50 para carregar a bateria dos celulares em suas casas.

Encaminhados à Delegacia de Cruzeiro, os trabalhadores da construção civil responderão por tráfico de drogas e associação ao tráfico. Além de também responderem pelos mesmos crimes, os detentos perderão o direito ao regime semiaberto.

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