Cruzeiro confirma primeira morte por Covid-19 e investe R$ 1 milhão para ter 52 novos leitos
Caso era investigado como suspeito no município; ampliação garante dez novas vagas de UTI para Santa Casa e 42 de clínica médica para Hospital de Campanha
Rafaela Lourenço
Cruzeiro
Com a primeira morte confirmada por Covid-19, a Prefeitura de Cruzeiro acelera os trabalhos para ampliar os leitos da cidade. O Cisa (Centro Integrado de Saúde) atenderá casos de baixa complexidade da doença como Hospital de Campanha com 42 novos leitos e a Santa Casa dobrará o atual número de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) passando para vinte no total. Os investimentos ultrapassam R$ 1 milhão.
A Vigilância Epidemiológica de Cruzeiro confirmou nesta terça-feira, a primeira morte pelo novo coronavírus na cidade. O paciente de 65 anos, faleceu no último dia 9 e estava sendo investigado como caso suspeito. Segundo o prefeito Thales Gabriel Fonseca (PSD), a confirmação veio através de um laboratório habilitado, o Pardini.
Com um investimento de aproximadamente R$ 1 milhão, entre repasses estaduais, federais, da Câmara Municipal e a parceria com a empresa Maxion, o Município estima entregar até o final deste mês mais dez leitos de UTI com respiradores na Santa Casa e 42 leitos de clínica médica na UBS do Centro.
A antiga enfermaria masculina da Santa Casa está passando por reformas e abrigará os dez novos leitos e respectivos equipamentos de UTI. No total serão vinte unidades garantidas para a pacientes suspeitos ou confirmados de Covid-19. Já a UBS do Centro funcionará como um Hospital de Campanha para atendimentos de menor gravidade, mas que precisem passar pelo isolamento monitorado por equipe médica.
O tradicional prédio localizado na rua 10 continuará com os serviços da Farmácia Municipal. O laboratório que poderá auxiliar os diagnósticos do novo coronavírus na cidade e outros serviços como do Proama (Programa de Atenção as Mães Cruzeirenses) foram transferidos para o prédio da Esc (Escola Superior de Cruzeiro). “Estamos prevendo a instalação de 42 novos leitos de clínica médica totalmente adaptados já com toda parte de gás, tudo organizado, insumos e equipamentos necessários para um hospital específico”, salientou Fonseca.
Para atender esta nova demanda, a Prefeitura contará com a equipe médica e de enfermagem contratada emergencialmente para os atendimentos à dengue, que eram realizados 24 horas desde o início do ano e que atualmente atende 12 horas. “Como graças a Deus a gente estabilizou a questão da dengue, reduzimos essa questão para 12 horas e devemos concentrar tudo para o Covid agora a partir de maio. Vamos reaproveitar essa mão de obra para realocar e requisitar novas mãos de obra de outras secretarias para tocar o processo inicialmente”.
Ainda sobre estrutura, o chefe do Executivo frisou que caso haja a necessidade de ampliação de leitos de clínica médica será usado um espaço na Santa Casa para garantir mais trinta vagas. “A perspectiva inicial do custo final dessas obras (Santa Casa e Hospital de Campanha), adaptações e equipamentos é em torno de R$ 1 milhão, mas vai depender muito de quanto tempo ficaremos esses equipamentos em funcionamento porque o mais caro do que a gente construir e equipar é a manutenção”.
De acordo com Fonseca, as obras tiveram início no final de março e a expectativa é de entregar os novos locais para atendimento até o fim deste mês.