Criança de três anos morre e família acusa Santa Casa de negligência em Cruzeiro
Pais alegam que atendimento precário foi responsável pela morte da menina; paciente foi diagnosticada com virose
Rafael Rodrigues
Cruzeiro
Uma criança de três anos morreu nos corredores do Pronto Socorro da Santa Casa de Cruzeiro na noite desta última terça-feira (28), após esperar por quarenta minutos para ser medicada.
A família acredita que houve negligência médica, já que desde o último sábado, (25), tem buscado atendimento na entidade. Em todas as situações, a menina teria sido medicada e liberada em seguida.
De acordo com o relato dos pais, que realizaram Boletim de Ocorrência, no fim de semana Jenyffer Vitoria Ribeiro foi diagnosticada com virose. Após tomar soro, foi liberada. Como não apresentou melhoras, na segunda-feira (27) mais uma vez deu entrada no PS, quando a pediatra de plantão realizou radiografia, constatando uma pneumonia.
O procedimento adotado foi o mesmo: medicação e liberação. Mas o estado de saúde da vítima se agravou, e ela foi levada novamente ao Pronto Socorro, na noite desta última terça-feira (28).
Apesar das solicitações de exames, a criança estava fraca e com vômitos. Depois de passar pelo médico, foi encaminhada a enfermagem para ser medicada, porém a família alega que depois de quarenta minutos esperando não resistiu aos sintomas e acabou falecendo.
Segundo a família, o laudo da morte aponta que a menina teria morrido em decorrência de bronquiopneumonia e problemas coronários. O caso foi registrado na Polícia Civil como morte suspeita e será investigado.
Prefeitura – Como a Santa Casa de Cruzeiro, e consequentemente, o Pronto Socorro ainda estão sob intervenção municipal, a responsabilidade pelo caso recaiu sobre a administração municipal.
Por nota, a secretaria de Saúde de Cruzeiro destacou que abriu uma sindicância para apurar o caso. A direção da Santa Casa informou que está tomando as devidas providências na investigação do ocorrido.
Na nota, a pasta frisou que “lamenta profundamente, a morte da criança”, afirmando que ocorrência desta natureza é inaceitável e que aguarda o resultado dos exames realizados pelo IML (Instituto Médico Legal de Cruzeiro) para averiguar as responsabilidades’.