Acordo garante R$ 1,2 milhão para Santa Casa de Cruzeiro

Aquisição de novos equipamentos geram economia para o hospital; intervenção deve seguir até o fim do mandato de Fonseca

A chegada dos novos equipamentos adquiridos para a Santa Casa de Cruzeiro (Foto: Divulgação PMC)
A chegada dos novos equipamentos adquiridos para a Santa Casa de Cruzeiro (Foto: Divulgação PMC)

Rafaela Lourenço
Cruzeiro

A Santa Casa de Cruzeiro, um dos gargalos herdados pela atual gestão, apresenta sinais positivos. O hospital adquiriu dois novos equipamentos na ordem de R$ 1,2 milhão. A intervenção da Prefeitura e o auxílio administrativo da Santa Casa de São José dos Campos seguem sem indícios de término.

Os atendimentos à população ganharam autonomia e qualidade com a aquisição de um arco Raius DIM HD DSA (arco cirúrgico completo com subtração de imagem), no valor de R$ 380 mil.

Segundo o prefeito Thales Gabriel Fonseca (SD), o aparelho é proveniente de um acordo judicial feito pela Santa Casa com fornecedores que tinham débitos com o hospital. “Conseguimos fazer um acordo nesta negociação extrajudicial e trazer o novo equipamento por meio de aquisição plena para atender a população”. Com a aquisição, o hospital passa a economizar R$ 10 mil mensais de aluguel do antigo aparelho.

O outro equipamento adquirido, um tomógrafo de aproximadamente R$ 850 mil é proveniente da parceria com a Santa Casa de São José dos Campos, que está auxiliando a gestão hospitalar do Município há três meses. “Essa parceria será feita em caráter de divisão. O investidor vem com o equipamento, a gente faz a produção dele e todos os dividendos serão trazidos para uma cota tanto para o hospital quanto o capital privado”, explicou Fonseca.

Até o momento, o hospital não tinha este equipamento e os moradores precisavam se deslocar para outras cidades para ter o atendimento. Segundo o prefeito, a partir de agora, a população de Cruzeiro e Vale Histórico terá um diagnóstico mais rápido com a demanda sendo atendida no município.

Desintervenção – O discurso mudou. A Santa Casa que vem com a intervenção municipal desde 2014, chegou a ter dúvidas sobre a continuidade da gestão de Fonseca, que se pronunciava disposto a cancelar a intervenção. Fato que não ocorreu e segue sem o propósito do gestor neste ano.

Com uma dívida trabalhista, de impostos e credores de aproximadamente R$ 20 milhões, Fonseca afirmou estar com uma situação difícil, mas controlada. “Os acordos judiciais, a folha de pagamento e a cesta básica dos colaboradores estão em dia, estamos colocando as pessoas de férias que não estavam tirando e temos apenas uma folha médica em atraso. Uma negociação muito aberta e clara com os médicos”.

Para o chefe do Executivo, a intervenção perdura até que consigam resultados financeiros positivos para o hospital e que em cerca de seis meses o caixa deva estar no azul e assim solicitarão o parcelamento efetivo da dívida. “Com uma solidez financeira para o hospital, penso que no prazo de um ano, ou um ano e meio a gente comece a transição da intervenção”, frisou Fonseca.

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