Prefeitura de Cachoeira entrega parque e moradores questionam taxa dos pedalinhos
Para o Executivo, valor arrecadado com tarifa de R$ 2 é reforço para manutenção do local
Jéssica Dias
Cachoeira Paulista
Depois de passar por reparos, o Parque Ecológico de Cachoeira Paulista foi entregue no último final de semana. Entre os trabalhos, pintura, limpeza na jardinagem e na caixa que abastece o lago, que estava suja. Apesar da entrega, o local já virou alvo de questionamentos quanto à cobrança para o uso dos novos pedalinhos.
Para a entrega do parque, a secretaria de Cultura promoveu o Final de Semana Cultural no parque. O museu e a Casa de Artesanato voltaram funcionar normalmente. O próximo passo é reativar a Casa do Violeiro, que continua fechada. Segundo a secretaria de Cultura não há data para reativação.
A programação do feriado prolongado do Dia do Trabalhador foi rica em atrações culturais como danças, apresentações musicais e uma feira de artesanato. Passaram pelo parque cerca de três mil pessoas por dia.
A atração principal foram os dois pedalinhos, em que as pessoas puderam passear pelo lago do Parque Ecológico. O objetivo da atual administração é proporcionar lazer e entretenimento aos moradores da cidade e atrair turistas.
Mas para utilizar os brinquedos, os visitantes passaram a pagar uma taxa de R$ 2. “Na reabertura do parque, houve um acerto com a assistência social para que as pessoas levassem um quilo de alimento, em troca ganharia um ingresso para o pedalinho. O que foi arrecadado foi entregue para as famílias carentes”, explicou o prefeito Edson Mota (PR).
A taxa cobrada gerou grande repercussão nas redes sociais. Em um grupo de discussão, críticas como a de Aparecida Oliveira. “Dois reais para algumas pessoas é muito pouco, mas para outras é muito, e a manutenção teria que ser por conta da prefeitura. Afinal pagamos muito imposto, né?” (trecho retirado do Facebook).
Outros usuários utilizaram o espaço para apoiar o projeto “Sou a favor da cobrança, pois precisa de dinheiro para manutenção, para poder continuar tendo os pedalinhos, e na administração passada os animais do parque muitas vezes não tinham nem ração (espero que nessa administração não aconteça isso), porém, também sou a favor que tenha algum modo de fiscalizar que o dinheiro realmente seja utilizado em algo para a população, e não suma no bolso de alguém”, salientou Rogerio Araújo.
De acordo com a Prefeitura, o valor arrecadado com a taxa dos pedalinhos, que custaram R$ 5,8 mil, será um reforço para arcar com os gastos na manutenção do parque, na compra de alimentos dos animais (galinhas, patos e peixes).
O prefeito contou ainda que a administração municipal comprou mais de dez refletores para iluminação do local.