Insegurança e limpeza coloca Rodoviária Nova de Cachoeira no foco de reclamações
Sem manutenção regular, terminal de acesso ao município recebe série de protestos de usuários contra falta de higiene , iluminação e vigilância
Jéssica Dias
Cachoeira Paulista
O Terminal Rodoviário de Cachoeira Paulista é alvo de reclamações na cidade. De acordo com quem passa o dia no local ou utiliza os serviços, problemas como iluminação fraca, falta de limpeza e insegurança fazem parte do cotidiano da rodoviária.
O local já passou por manutenções nos governos anteriores, mas nunca por uma reforma. Com alto fluxo diário, devido ao acesso à cidade e à Comunidade Canção Nova, a rodoviária enfrenta uma série de problemas estruturais e de manutenção, com visual prejudicado, banheiros em condições precárias, sem higienização adequada, falta de segurança e iluminação no local.
Os problemas dificultam principalmente os trabalhadores no período noturno, como os que trabalham nos guichês, que funcionam das 4h50 às 21h.
Segundo a secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo, nos quatro primeiros meses de 2017, Cachoeira registrou 16 roubos e 109 furtos. A aposentada Terezinha Madalena dos Reis, 63 anos, contou sobre as dificuldades que passa ao frequentar a rodoviária. Entre as situações, a presença de andarilhos. “Tem bastante e dá medo. Se for pra eu pegar ônibus a noite, de madrugada, eu não pego, porque tenho medo”.
Um taxista que atua na rodoviária, e que pediu para não ser identificado, lembrou a falta de segurança e a péssima condição dos banheiros em péssimas condições. “A falta de segurança é difícil. Chega 18h, está tudo escuro. Sujeira nos banheiros, uma imundice. Tem gente limpando, mas não tem quem fiscalize. Eles jogam água e rapam com o rodo, mas não adianta, não tira o mau cheiro”, criticou.
Para atuar no local, cada taxista paga uma taxa de cerca de R$ 500 anuais de ISS (Imposto sobre serviço) e licença da Prefeitura. Segundo o taxista, o prefeito Edson Mota (PR) teria retirado o segurança da noite que trabalhava na rodoviária.
Outro problema mostrado por quem usa o local diariamente é a falta de estrutura adequada para receber idosos e deficientes. Procurado pela reportagem do Jornal Atos a Prefeitura não se manifestou sobre reforma e o atendimento na rodoviária até o fechamento desta edição.