Servidores de Aparecida saem frustrados de reunião com Prefeitura por reajuste salarial
Executivo municipal oferece 3,5% de aumento; Sindicato classifica como baixa a contraproposta e espera retomar negociações após assembleia
Rafael Rodrigues
Aparecida
O Sindicato dos Servidores não saiu contente da primeira reunião com a Prefeitura de Aparecida, onde foi tratado o reajuste anual da categoria. A atual administração ofereceu aumento de 3,5% nos salários dos trabalhadores, o que não agradou a entidade, que havia entregue proposta de reajuste de 12% na semana passada.
O presidente do órgão, Fábio Sergio de Oliveira, destacou que a categoria não ficou satisfeita com essa primeira rodada de negociação. “De imediato não saímos satisfeitos, porque o que a Prefeitura nos ofereceu é muito pouco. O valor não repõe nem mesmo a inflação, e isso fica muito difícil”.
Oliveira disse ainda que o secretário municipal de Administração, Domingos Leo Monteiro, alegou que a folha de pagamento da Prefeitura já ultrapassou o limite permitido, e está em 56% do orçamento. “Eles alegaram que folha de pagamento da prefeitura está excedendo o limite permitido, e que eles não poderiam sequer dar aumento para o funcionalismo esse ano”.
A respeito do Plano de Carreira, os servidores também não tiveram uma resposta positiva, já que o Executivo se propôs a discutir o assunto apenas no segundo semestre. “Eles disseram que ficou decidido que só vão poder entrar com o plano de carreira no segundo semestre desse ano, porque alegaram falta de dinheiro, e alegaram que a aplicação causaria um impacto financeiro”.
O pedido dos servidores foi definido em Assembleia realizada no último dia 13, quando definiram que o reajuste deveria ser de 12%. Além disso, na oportunidade, a categoria debateu também outras questões, entre elas, o Plano de Carreira. A expectativa era de que ele fosse votado no final do ano passado, ainda durante a gestão do ex-prefeito Antônio Márcio de Siqueira (PSDB), entretanto, o projeto sequer foi encaminhado para Câmara.
Outros pontos que foram debatidos entre a entidade e a Prefeitura tratam do pedido por um vale alimentação. Atualmente, os servidores recebem uma cesta básica. A maneira como ela é entregue (na casa de cada servidor) já foi alvo de críticas, devido aos atrasos na entrega.
A reivindicação é outra que não deve ser atendida, com alegação de inviabilidade por parte da Prefeitura.
Os trabalhadores se reuniram nesta última sexta-feira para discutir em assembleia a contraproposta da Prefeitura (encerrada após o fechamento desta edição).
Mais cedo, o presidente da entidade não descartou atitudes enérgicas, mas disse que tudo vai “depender da vontade da maioria”. “Vamos expor toda essa situação, e vamos ver o que eles resolvem. Se for da vontade deles um estado de greve, ou até mesmo paralisação, vamos apoiar”.