Avaliação sobre larvas do Aedes Aegypti coloca Aparecida entre cidades em atenção contra dengue
Santa Rita, Ponte Alta, São Roque e Centro preocupam o município; Saúde confirma mutirões de conscientização em áreas específicas
Leandro Oliveira
Aparecida
Com a aproximação do verão, que tem início no próximo dia 21, e o período de chuvas na região, as cidades estão em alerta contra os criadouros do mosquito Aedes Aegypti. Em Aparecida, a avaliação de densidade larvária, realizada no mês passado constatou que o município tem alto índice de larvas do mosquito, em especial na região central.
O resultado preocupa as autoridades, já que bairros que recebem muitos visitantes a cada semana apresentaram um volume acima do normal de larvas do Aedes Aegypti. Com as amostras em mãos, a secretaria da Saúde de Aparecida estuda mecanismos e ações para acabar com as larvas e conscientizar a população local e os romeiros que chegam a cada dia.
“Nós acabamos de realizar a avaliação, e o nosso município ficou com média de 2,6. Isso índica que Aparecida está em situação de alerta, entre 1% e 3,9%, que mensura o nível populacional do vetor (o índice considerado aceitável pelo Ministério da Saúde é de até 1%). A gente já trabalha com essa situação de alerta, com a chegada das chuvas. Já temos realizado várias ações”, explicou a secretária Maria Eliane Pereira, a Laine.
A região central de Aparecida é a área que mais preocupa o setor. As larvas foram encontradas em materiais descartáveis como garrafas, latas e embalagens. Como a região é a que mais atrai turistas, a secretária confirmou que quatro bairros carecem de mais atenção e trabalhos efetivos no combate aos criadouros do mosquito.
“O bairro que mais preocupa é a Santa Rita, mas ainda tem a Ponte Alta, São Roque e Centro. São bairros que nós teremos um trabalho maior nesse período, afinal, foram neles que encontramos o maior número de larvas do mosquito. Já fizemos um mutirão na Santa Rita, mas faremos novamente um trabalho de conscientização”, concluiu a secretária.
Maria Eliane fez uma ligação sobre a relação do foco de larvas do mosquito, nos materiais descartáveis e o fluxo de turistas que passam pela cidade. Ela destacou que os recicláveis descartados de maneira indevida têm servido de fonte de proliferação do Aedes Aegypti. Os quatro bairros citados são grandes regiões com hotéis, pousadas e que atraem visitantes. “Como o movimento é grande, tem maior número de descartáveis”, afirmou.
Até o fechamento desta edição não foram confirmados nenhum caso de zika, febre amarela ou chikungunya. Sobre a dengue, a secretaria de Saúde registrou 23 notificações, 16 casos descartados, dois casos autóctones confirmados e cinco que ainda aguardam resultado de exames.