Aparecida vai cancelar concurso público aberto antes da pandemia da Covid-19

Certame lançado em fevereiro de 2020, nunca chegou a ser realizado devido às restrições da pandemia da Covid-19

Prefeitura de Aparecida, que cancelou concurso público aberto antes da pandemia da Covid-19 (Foto: Marcelo A. dos Santos)

Marcelo Augusto dos Santos
Aparecida

A Prefeitura de Aparecida vai cancelar o concurso público, aberto em janeiro de 2020, após a empresa Directa alegar a inviabilidade de aplicação da prova devido à defasagem do custo de operação. O anuncio foi feito pelo secretário de Justiça e Cidadania, Jefferson Monteiro da Silva. Com cerca de 11 mil inscritos, o certame não pode ser aplicado devido às restrições impostas pela pandemia do novo coronavírus.

Na época, o concurso oferecia mais de cem vagas para candidatos que possuem ensino fundamental, médio e graduação completa. Os salários variam de R$ 1,1 mil a R$ 4,4 mil. “A empresa informou a municipalidade, que devido ao tempo de contratação e à demora na aplicação da prova por causa da Covid-19, ficou inviável pelo valor que arrecadou a época. Então, ela (Directa) solicita a rescisão ou que haja um aporte da Prefeitura para que possa realizar a prova”, contou Silva.

O secretário informou ainda, que a Prefeitura iniciou tratativas com a Fundação Vunesp (Vestibular da Universidade Estadual Paulista) para aplicação do concurso em 2022. “A intenção do prefeito é de realizar (o concurso) no primeiro semestre de 2022 (…), então acreditamos que até o meio do ano que vem seja realizada a prova”.

Com a rescisão oficializada, o Município e a empresa emitirão uma nota juntos, informando como será realizado o estorno da taxa de inscrição. A nota estará disponível no site aparecida.sp.gov.br.

Entenda o caso – Na época, a então prefeita Dina Moraes Moreira (DEM), informou à redação do Jornal Atos, que o concurso atendia principalmente a determinação judicial, que pediu que várias funções fossem ocupadas por funcionários de carreira. “Nós abrimos este concurso atendendo uma determinação do MP e para suprir a deficiência da prefeitura em várias áreas, de cargos concursados” explicou.

Ainda segundo Dina, a maior preocupação da administração era a área da saúde. “Temos que suprir principalmente dentro da área da saúde, por isso temos urgência no preenchimento dessas vagas. Então assim que homologado o concurso, vamos contratar imediatamente”.

De outubro a dezembro de 2019 foram dezenas de pessoas exoneradas pela Prefeitura. Apesar do déficit, as vagas abertas não atendiam as funções que foram alvo da ação do Ministério Público, como procuradoria jurídica e ouvidoria municipal.

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