Líder em violência, região recebe mais de duzentos novos policiais civis

Profissionais são distribuídos por seis delegacias seccionais; medida estadual tenta reforçar combate à criminalidade

Lucas Oliveira
RMVale

Mais violenta do interior paulista, a região foi contemplada na última terça-feira (17) com a ampliação do efetivo da Polícia Civil. A iniciativa estadual busca contribuir para que a corporação intensifique as ações de combate à criminalidade.

Durante entrevista à imprensa regional, o diretor do Deinter-1 (Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo Interior), o delegado Múcio Mattos, revelou que a RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) recebeu nesta semana 234 novos policiais civis, sendo que 154 deles atuarão como escrivães e outros oitenta como investigadores. Segundo Mattos, a chegada dos profissionais, aprovados em concursos públicos realizados em 2022 e 2023, contribuirá para a recomposição do quadro de pessoal da corporação na região, que nos últimos anos sofreu diversas baixas devido à aposentadoria e exoneração de agentes.

Segundo a lista divulgada pela Polícia Civil, a Delegacia Seccional de Jacareí foi a que recebeu o maior número de profissionais, no caso cinquenta. Na sequência, aparecem as seccionais de São Sebastião, contemplada com 45 policiais, e a de Guaratinguetá, que recebeu 39 agentes. Os demais cem convocados foram incorporados às seccionais de São José dos Campos (37), Taubaté (34) e Cruzeiro (29). A distribuição dos novos policiais pelas delegacias das 39 cidades da região ficará à cargo das seccionais de acordo com a demanda de cada uma delas.

O reforço no contingente da Polícia Civil é uma das apostas do Governo do Estado, que não divulgou o atual número de membros da corporação que atuam na RMVale, para conter a criminalidade na região, que há mais de uma década se mantém como a mais violenta do interior. Um levantamento divulgado pela SSP (secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo) no último dia 30 revelou que a RMVale teve 196 moradores assassinados entre janeiro e julho, montante que supera em 59 registros o da segunda área mais violenta, que no caso é Ribeirão Preto, com 137 vítimas.