Atos e Fatos

“O CLIMA ESTÁ MUDANDO MAIS RÁPIDO DO QUE AS AÇÕES PARA LIDAR COM A QUESTÃO.”

Barack Obama 

Rio Guaíba, usina do gasômetro, em Porto Alegre; Márcio Meirelles comenta sobre os efeitos mudança climática (Foto: Reprodução EBC)

Márcio Meirelles

MUDANÇA CLIMÁTICA: AMEAÇA Á PROSPERIDADE

Rios amazônicos se transformam em praias e rios do sul em mar!

O país, gigante verde com vocação agrícola, sente os efeitos da mudança climática com crescente intensidade.
Secas castigam o campo, inundações devastam cidades, e eventos climáticos extremos se tornam cada vez mais frequentes.
Mas qual o real impacto dessas alterações na economia do país?
Um estudo do Banco Mundial de 2021 revela que a mudança climática já custa ao Brasil 1,3% do PIB anualmente. Esse valor tende a aumentar, com projeções indicando perdas de até 9,7% do PIB até 2050 em cenários mais pessimistas.
O agronegócio, pilar da economia brasileira, é um dos setores mais vulneráveis.
Secas prolongadas reduzem a produtividade das lavouras, enquanto chuvas torrenciais e inundações destroem plantações e afetam a logística. Segundo estimativas, a cada ano, o Brasil perde entre 0,4% e 1,8% do PIB em decorrência das mudanças climáticas.
A infraestrutura do país também sucumbe aos efeitos do clima.
Rodovias cedem com as chuvas, pontes são danificadas por inundações, e a geração de energia se torna instável com a escassez de água nas hidrelétricas. Um estudo da OCDE aponta que investir apenas 1,2% do PIB na resiliência climática da infraestrutura rodoviária evitaria 23% dos prejuízos previstos para a próxima década.
As perdas na agricultura e na infraestrutura se traduzem em desemprego, aumento da pobreza e desigualdade social.
O êxodo rural se intensifica, enquanto cidades lutam para absorver o fluxo de migrantes em busca de melhores oportunidades.
O turismo, outro importante setor da economia, também é afetado, com a perda de atrativos naturais e a desvalorização de destinos turísticos.
Combater as mudanças climáticas não é apenas um imperativo ambiental, mas também uma questão de segurança econômica para o Brasil. Investir em energias renováveis, promover a agricultura sustentável e fortalecer a infraestrutura resiliente são medidas cruciais para garantir a prosperidade do país no longo prazo.
O tempo é curto. É necessário um compromisso nacional com a descarbonização da economia e a adaptação aos impactos inevitáveis das mudanças climáticas.
O Brasil, como ator importante no cenário global, tem a responsabilidade de liderar essa transição e contribuir para um futuro mais sustentável para o planeta.
O país se depara com um cenário alarmante: catástrofes climáticas se tornam cada vez mais frequentes e intensas, com secas devastadoras, inundações catastróficas e eventos climáticos extremos que causam perdas incalculáveis.
Diante dessa realidade urgente, quais medidas imediatas podem ser tomadas para minimizar os impactos e construir um futuro mais resiliente?
Medidas para fortalecer a gestão de riscos e desastres – excelente tema para projetos de campanha para próximas eleições – criando um sistema de alerta precoce e eficiente, integrando dados meteorológicos, hidrológicos e socioeconômicos para informar e preparar as comunidades com antecedência.
A mudança climática não é um problema distante, mas uma realidade presente que ameaça o futuro do Brasil.
É urgente que o país tome medidas ambiciosas e coordenadas para mitigar os efeitos dessa crise e garantir a prosperidade das próximas gerações. O futuro do país depende de ações imediatas e de uma visão de longo prazo para um desenvolvimento sustentável.
Investir em infraestrutura resiliente, como barragens, drenagens urbanas e sistemas de proteção costeira, para reduzir a vulnerabilidade a inundações, erosão e outros eventos climáticos extremos.
A necessidade de mapear áreas de risco, identificando populações e infraestrutura mais suscetíveis a desastres, e implementar planos de contingência específicos para cada localidade.
Promover a educação ambiental e a cultura de prevenção, conscientizando a população sobre os riscos climáticos e medidas de autoproteção.
Medidas urgentes e de fácil elaboração nos municípios.
No plano federal a importância de financiar estudos aprofundados sobre as mudanças climáticas no contexto brasileiro, incluindo seus impactos regionais e setoriais. A aceleração dos projetos a descarbonização da economia. Enfrentar as mudanças climáticas no Brasil exige um esforço conjunto e multissetorial, com ações imediatas e medidas de longo prazo.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *