MP pede prisão de membros de grupo autor de esquema de pirâmide em Lorena

Denúncia contra três pessoas por fraude apontou esquema que fez centenas de vítimas e gerou prejuízo de R$ 300 milhões

Em 2020, pessoas enfrentaram até mesmo a Covid e se reuniram em frente à empresa para cobrar valores (Foto: Reprodução)

Andréa Moroni
Lorena

Um caso que gerou revolta em Lorena e em outras cidades da região em 2020 teve mais um episódio na última semana. Três pessoas de uma mesma família de Lorena, responsáveis por um esquema de pirâmide financeira, foram denunciadas pelo Ministério Público, na última sexta-feira (2).

Foram centenas de vítimas que chegaram a ter prejuízos de cerca de R$ 300 milhões. O documento do MP, assinado pelo promotor Raphael Braga, pede a condenação do trio por associação criminosa e lavagem de dinheiro. Um dos denunciados, que já teve prisão preventiva solicitada, pode responder por estelionato.

Além da detenção, o Ministério Público pede que na sentença conste a indenização para todas as vítimas em R$ 1 milhão (cada) por danos morais coletivos.

O MP revelou que uma empresa, aberta por dois irmãos em 2017, realizaram ofertas públicas de investimentos com promessa de retornos financeiros incompatíveis com os praticados pelo mercado, atraindo grande número de pessoas dispostas a ter ganhos com renda passiva mensal com baixo risco.

Com os investimentos, os denunciados encaminhavam os recursos para contas pessoais e para a pessoa jurídica, além de uma empresa de financiamento, criada por um sobrinho dos outros investigados. Ele atuava nas movimentações bancárias do grupo.

Em novembro de 2022, o Seccold (Setor Especializado no Combate à Corrupção, Organização Criminosa e Lavagem de Dinheiro), da Delegacia Seccional de Guaratinguetá, concluiu a investigação criminal envolvendo o esquema de pirâmide financeira desenvolvido pelo grupo SFO Holding de Lorena. A investigação teve início em 2020, quando centenas de pessoas da cidade e região perderam suas economias aplicadas no grupo de propriedade do empresário Samuel Fradique de Oliveira.

A investigação verificou altos rendimentos em curto, médio e longo prazo, oferecidos pela empresa SFO Holding Empreendimentos e Participações Ltda, sem grandes riscos e sem a necessidade de qualquer outra conduta além de se investir um capital.

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