Caminhada “Juntos Somos Um” conscientiza contra abuso a menores em Guará

Objetivo da ação da Assistência Social é reforçar debate com foco no Dia Nacional do Combate ao Abuso Sexual à Exploração Infantil e Adolescente

Edição anterior do Juntos Somos Um; Guará tem ação de conscientização (Foto: Reprodução)

Eva Maria Dias
Guaratinguetá

Com oito notificações de estupro de vulnerável no primeiro trimestre deste ano, de acordo com a SSP (secretaria de Segurança Pública) estadual, Guaratinguetá realiza sábado (18) a caminhada “Juntos Somos Um”. O evento é uma ação para informar a população sobre a conscientização quanto ao abuso sexual à exploração infantil e adolescente.

A concentração está marcada para às 8h30 na avenida Presidente Vargas e a previsão de saída para às 9h, seguindo para a praça Conselheiro Rodrigues Alves, no Centro.

O evento é uma parceria entre o Creas (Centro de Referência de Assistência Social), Conselho Tutelar, Cras (Centro de Referência da Assistência Social), organização da sociedade civil e pelo CMDCA (Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente) de Guaratinguetá.

Responsável técnica do Creas, Marina Kazue acredita que “apesar de apenas ocorrências de estupro serem contabilizadas pela secretaria de Segurança Pública do Estado, notificações de abuso verbal, psicológico e agressões físicas contra crianças e adolescentes também são passíveis de denúncias”.

A tendência de crescimento de ocorrências do tipo se repete na RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba). Até março deste ano foram registrados 44 casos. No primeiro trimestre do ano passado foram 142 notificações e no ano de 2022 a região teve 113 casos no mesmo período.

Em todo ano de 2023, a região registrou 585 casos de estupro de vulnerável, um aumento de 7% em relação ao ano de 2022 quando teve 546 notificações.

O aumento anual de notificações também foi notado em Guará. Em 2023 foram 25 casos, um aumento de 40% em relação ao ano de 2022, quando a cidade teve 17 ocorrências.

Marina afirmou que na maioria dos casos, os agressores são pessoas do círculo familiar da criança, como pai, avô, padrasto, tio e primo.

Uma pesquisa realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no ano de 2021 apontou que as meninas entre 10 e 14 anos são mais vulneráveis ao estupro, representando mais de 80% dos casos. O levantamento concluiu estupro é um crime contra a infância, pois a maioria das vítimas tem menos de 14 anos.

O estado de São Paulo registrou 2.593 casos no primeiro trimestre desse ano, 5% menos casos que o ano passado, quando foram registrados 2.741 no período. Já no ano de 2023, um aumento de 8% quando comparado ao de 2022, sendo registrados respectivamente 11.141 e 10.270 de estupro de vulnerável.

Denúncias sobre abuso sexual, exploração infantil ou qualquer outra violação de direitos contra crianças e adolescentes podem ser feitas através do Disque 100 ou Conselho Tutelar de forma anônima.

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