Com investimento mensal de quase R$ 1,5 milhão Cruzeiro amplia leitos de Covid-19

Hospital referência para oito municípios expande a capacidade de internação para evitar falta de atendimento; vagas de UTI e clínica médica

Leitos destinados ao tratamento contra a Covid-19 em Cruzeiro; cidades ampliam estrutura (Foto: Reprodução PMC)

Rafaela Lourenço
Cruzeiro

Após voltar a atingir 100% de ocupação dos leitos de UTI Covid-19, Cruzeiro ampliou a capacidade de internação da Santa Casa. A Prefeitura deve investir cerca de R$ 1,5 milhão por mês até que o Estado ou a União se responsabilize pelo custeio.

O hospital que recebe pacientes locais e de municípios do Vale Histórico contou com um reforço na estrutura na última semana. A Prefeitura entregou mais 17 leitos de clínica médica, passando dos 14 para os atuais 31 e de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) 60% de aumento na capacidade, ou seja, seis novos leitos totalizando 16.

Segundo o prefeito Thales Gabriel Fonseca (PSD), o Município não esperava uma nova onda de contaminações como esta. Resultado da variante ômicron, que tem sua transmissibilidade mais ágil. Por isso a cidade chegou a desmobilizar leitos ofertados para a doença. “Iniciamos aumentando os leitos de clínica médica, que até então aparentemente nós tínhamos ideia de que com essa nova variante não teríamos casos mais agravados da doença, mas fomos observando o agravamento desses pacientes que ocasionou uma nova acumulação para vagas de UTI”.

Para manter o serviço, o Executivo desembolsará entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão por mês. Fonseca salientou que não há uma previsão para a chegada de recursos para desonerar os cofres públicos municipais. “A ideia é que a gente suporte pelo menos nesses dois primeiros meses. Já está havendo tratativas no sentido de custeio desses leitos obviamente, tanto por parte do Ministério, mas em especial por parte da secretaria do Estado da Saúde”.

Enquanto não chegam investimentos, a única arma contra a Covid-19 ainda é a vacinação. A secretária de Saúde, Imaculada Conceição Magalhães, ao pedir para que os pais e responsáveis levem as crianças para receberem a vacina e os mesmos que completem o próprio esquema vacinal, explicou que a taxa de ocupação no hospital está com uma média de permanência menor, do que antes do início das aplicações. “A vacinação é fundamental! Antes tínhamos pacientes internados na UTI, que às vezes ficavam um mês, sessenta dias e hoje uma média de sete a oito dias. Isso faz uma rotatividade maior de leitos. E também o fato de que os vacinados estão sendo acometidos de uma forma mais leve e moderada”.

Imaculada revelou ainda que pacientes internados de cidades como Cruzeiro, Lavrinhas, Bananal e Queluz, “por algum motivo” não tomaram a terceira dose do imunizante.

Segundo o boletim epidemiológico divulgado na última quinta-feira (3), o município contava com 63% de ocupação dos leitos de UTI com dez pacientes internados e 61% de clínica médica, sendo 19 hospitalizados

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