Com baixa nas vendas, Gerdau coloca cem funcionários em layoff

Suspensão dos contratos pode durar até cinco meses; alternativa busca evitar quase cem demissões

Assembleia em frente à Gerdau em Pindamonhangaba; empresa suspende contrato com funcionários (Foto: Divulgação)
Assembleia em frente à Gerdau; empresa suspende contrato com funcionários (Foto: Divulgação)

Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

Alegando queda nas vendas nos últimos anos, a empresa Gerdau suspendeu o contrato de trabalho de cem funcionários na manhã da última segunda-feira, em Pindamonhangaba. Aprovada em assembleia pelos trabalhadores no fim de março, a medida poderá vigorar até setembro.

Empregando quase dois mil trabalhadores, a Gerdau atua na fabricação de diversos tipos de aços especiais, tendo como principais clientes as montadoras automobilísticas instaladas no País.

No início de março, a direção da empresa comunicou ao Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba que estudava adotar medidas de economicidade devido à redução das vendas de barras de aço no primeiro trimestre de 2019.

De acordo com a Gerdau, a queda na comercialização do produto resultou na desaceleração da linha de produção, gerando um excedente de mão de obra no setor da construção mecânica. Os resultados negativos são reflexos do movimento das indústrias automobilísticas que tentam reduzir seus estoques, principalmente devido a crise econômica que castiga a Argentina, um dos principais mercados atendidos pela Gerdau.

Temendo uma demissão em massa, o sindicato da categoria iniciou uma negociação com a direção da fábrica no início de março, resultando em uma proposta de layoff (suspensão temporária dos contratos) de cem funcionários. A alternativa, que vigorará num prazo de dois a cinco meses, foi aprovada pelos trabalhadores durante uma assembleia na porta da empresa no último dia 25.

Segundo o Sindicato, apesar do acordo não garantir a estabilidade de emprego aos funcionários após o fim do prazo do layoff, em caso de demissão, eles receberão um adicional de dois salários.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *