Em quase uma década, Pinda registra queda de 17% no número de estabelecimentos comerciais

Mais de quatrocentas lojas fecharam as portas entre 2007 e 2016

Comércio do Centro de Pindamonhangaba; em queda, setor é castigado pela crise econômica nacional (Foto: Arquivo Atos)
Comércio do Centro de Pindamonhangaba; em queda, setor é castigado pela crise econômica nacional (Foto: Arquivo Atos)

Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

Um estudo divulgado pelo Sincomércio de Pindamonhangaba (Sindicato do Comércio Varejista), na última segunda-feira, apontou que nos últimos nove anos ocorreu uma queda de 17% no número de estabelecimentos comerciais no município.

Para especialistas, a retração é reflexo da crise econômica que atinge o País nos últimos anos.

De acordo com o levantamento, realizado com o apoio da Fecomercio-SP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo), Pinda contava com 2.336 estabelecimentos comerciais em 2007. Já em 2016, o número caiu para 1.962, representando o fechamento de 404 empresas.

O balanço, baseado nos dados da Relação Anual de Informações Sociais do Ministério do Trabalho, revelou que o tipo de negócio que obteve maior retração foi o de supermercados, chegando a 27%, já que 158 estabelecimentos fecharam as portas nesta quase uma década.

A segunda maior queda foi a do número de lojas de eletrodomésticos e eletrônicos, que foi de 31 estabelecimentos, representando o índice negativo de 16,2%. A queda em relação ao setor de supermercados ocorreu devido à concentração de mercado. Já as lojas de eletrodomésticos e eletrônicos foram afetadas pela crise econômica, já que os consumidores cortaram bens que não consideram essenciais e que necessitam de crédito para a aquisição, explicou o assessor econômico da Fecomercio-SP, Jaime Vasconcellos.

Fechando o Pódio da Retração aparecem as concessionárias de veículos com a taxa negativa de 14,5%, já que nove encerraram suas atividades entre 2007 e 2016.

O levantamento revelou ainda que foram fechadas 141 empresas entre 2015 e no ano passado, representando um índice de quase 7%.

O assessor econômico deu mais detalhes sobre o estudo. Enquanto entre 2007 e 2011 houve certa estabilidade, a partir de 2012 a crise afetou diretamente o número de estabelecimentos comerciais de Pinda. Um fato interessante, referente a 2016, é que os setores supermercadista e de vestuário são os que representam o maior número de estabelecimentos que funcionam em Pinda.

Contramão – Segundo o balanço, de 2007 a 2016, alguns segmentos comerciais registraram aumento do número de estabelecimentos como farmácias e perfumarias (16,5%), móveis e decoração (8,9%), autopeças e acessórios (5,9%), materiais de construção (1,7%), e vestuários e calçados (1,1%),

 

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