Com trinta casos de dengue, Pinda tenta afastar fantasma da epidemia
Prefeitura inicia Avaliação de Densidade Larvária e fiscalização de imóveis; Município registra três sucessivas epidemias
Lucas Barbosa
Pindamonhangaba
Com trinta casos confirmados no ano, Pindamonhangaba anunciou na última semana que intensificará as ações de combate aos criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue.
A medida tenta evitar que a população seja assolada por uma epidemia como a de 2014, quando o munícipio chegou a decretar estado de calamidade pública.
Há três anos, Pindamonhangaba viveu seu capítulo mais preocupante desde que o Aedes aegypti começou a assombrar os brasileiros. Com quase três mil casos, a cidade chegou a atender diariamente 350 pacientes com sintomas de dengue em suas unidades de saúde. O surto da doença acabou vitimando um homem de 50 anos.
No ano seguinte, a cidade mais uma vez foi castigada pela doença, contabilizando mais de trezentos casos. Já em 2016, Pindamonhangaba também enfrentou uma epidemia de dengue, ao registrar 405 casos.
Para evitar que a novela se repita até o fim do ano ou no primeiro semestre de 2018 (período de fortes chuvas, em que ocorre a maioria dos casos), o Executivo adotou um plano de ações.
Foi iniciada na última semana a ADL (Avaliação de Densidade Larvária), que serve para que o Município conheça a estimativa dos níveis de infestação e quais os bairros mais afetados. A expectativa é que o mapeamento seja concluído até o próximo dia 20.
Além disso, a secretaria de Saúde aposta na realização de vistorias em todos os imóveis da cidade. A medida, que já foi iniciada, busca eliminar possíveis criadouros do mosquito e conscientizar a população sobre a importância de sua colaboração para a redução dos riscos de uma nova epidemia. A Prefeitura não revelou o número de residências que já foram vistoriadas.
O combate à dengue também virou tema de palestras e projetos nas escolas públicas de Pindamonhangaba, com o objetivo de que os alunos se tornem fiscalizadores de suas próprias casas.