Justiça do Trabalho suspende eleição sindical em Lorena

Juiz determina que edital do Sindicato dos Servidores seja republicado; pleito segue sem data para a realização

A sede do Sindicato dos Servidores de Lorena, que teve eleição paralisada por novo processo judicial (Foto: Lucas Barbosa)
A sede do Sindicato dos Servidores de Lorena, que teve eleição paralisada por novo processo judicial (Foto: Lucas Barbosa)

Lucas Barbosa
Lorena

A Justiça do Trabalho suspendeu na última terça-feira a realização da eleição presidencial do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Lorena, que seria realizada na última sexta-feira. De acordo com a decisão, o edital de convocação deverá ser publicado novamente, mas desta vez em um jornal de maior circulação no município.

No último dia 6, o Jornal Atos publicou uma matéria mostrando a acusação do servidor municipal, Agnaldo Bezutti, o Alemão, de que teve a inscrição de sua chapa prejudicada por uma manobra feita pelo atual presidente, Francisco de Carvalho, o Chiquinho. Segundo o denunciante, o presidente, ao invés de lançar o edital em um impresso de grande circulação na cidade, acabou o divulgando no jornal O Estado de S. Paulo, em 5 de março.

Além disso, Alemão afirmou que o edital não foi fixado na sede do sindicato, localizada à avenida Bernardino de Campos, no Centro.

Em resposta, Chiquinho negou que tenha feito qualquer manobra para prejudicar a inscrição da chapa concorrente. Ele também explicou que a publicação do edital respeitou o estatuto do sindicato, que determina que o anúncio seja divulgado em um jornal que circule em Lorena.

Na última terça-feira, o juiz Wilson Candido da Silva determinou a suspensão da realização do pleito. De acordo com a decisão do magistrado, não há dúvida que o comportamento do sindicato prejudicou Alemão, pois o edital não foi publicado em jornal de grande circulação na cidade.

O estatuto determina que a eleição deve ocorrer até 180 dias antes do término do mandato em curso, o que não foi respeitado.

Dois lados – Chiquinho explicou que a decisão judicial será acatada e reafirmou que todas as normas estatutárias foram respeitadas em relação à divulgação do edital. “Foi uma interpretação jurídica diferente da nossa, pois no nosso entendimento não havia nada contrário em publicarmos o edital neste jornal, que é um órgão altamente competente, responsável e que foi escolhido por excesso de zelo com a segurança jurídica”.

O presidente revelou ainda que já encaminhou a decisão ao seu setor jurídico, que está tomando todas às providencias necessárias sobre o caso.

Já Alemão comemorou o resultado da sentença. “Mesmo ele (Chiquinho) tentando usar alguns argumentos para burlar a eleição, a justiça acabou sendo feita. Tomara que agora a eleição ocorra de uma forma democrática e transparente, principalmente na questão do edital ser publicado em um jornal de grande circulação em Lorena”.

Até o fechamento desta edição, não havia a previsão para a realização de uma nova audiência, e consequentemente, de uma data para o pleito.

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