Turismo da região aguarda queda de 33% devido à pandemia

RMVale deve receber 1,7 milhão a menos de visitantes em 2020; Estado prevê queda de 39% no faturamento do setor

O Memorial, que faz parte da rota turística religiosa da cidade; setor sofre impacto com pandemia (Foto: Marcelo A. dos Santos)

Lucas Barbosa
RMVale

Uma projeção divulgada pelo Governo do Estado na última semana aponta que a RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte) deixará de receber aproximadamente 1,7 milhão de turistas em 2020 devido à pandemia do novo coronavírus. Em contrapartida, o estudo revela que a região é uma das três áreas paulistas que apresentam maior potencial de recuperação de seus setores turísticos.

Produzido pelo Ciet (Centro de Inteligência e Economia do Turismo), vinculado à secretaria estadual do Turismo, o trabalho apresenta o possível impacto da pandemia sob o setor turístico das 15 regiões paulistas e seus prováveis cenários de recuperação.

O estudo informa que em janeiro, período em que não haviam registros de casos de Covid-19 no País, São Paulo projetava receber 46,3 milhões de visitantes ao longo do ano. Mas com o avanço de contaminações pelo novo coronavírus, a nova expectativa é que o estado registre a entrada de 29,5 milhões de turistas, uma redução de 36%.

Em movimentação financeira proveniente do fluxo turístico estadual, o esperado, antes do aparecimento da doença, chegava a R$ 43 bilhões, mas agora deve atingir apenas R$ 26,1 bilhões, correspondendo a uma queda de 39%.

Segundo a expectativa do Ciet, dos 29,5 milhões turistas aguardados em São Paulo, 20,6 milhões são paulistas viajando para cidades dentro do próprio estado. Já quase oito milhões são visitantes de outros estados e 817 mil estrangeiros.

Em relação à RMVale, o Estado revela que no início de 2020 era esperado que a região registrasse ao longo do ano a chegada de um número de turistas próximo ao de 2019, que foi de 5,1 milhões. Mas a expectativa é de que esse número caia para 3,4 milhões de pessoas visitando a região, redução de 33%. Os dados relacionados às arrecadações financeiras de 2019 e previsões de 2020 para o setor turístico da região não foram reveladas pelo órgão.

Em contrapartida, o Ciet acredita que a RMVale será uma das três regiões mais beneficiadas com o “turismo de proximidade”, que são viagens rodoviárias, por períodos curtos a destinos de até três horas de deslocamento. A modalidade é considerada pelo Estado como o primeiro “movimento de retorno” do fluxo turístico.

Desta maneira, o estudo aponta que a RMVale, Baixada Santista e Campinas deverão ser as áreas do interior que receberão mais visitantes ao longo do ano, provenientes principalmente da região da Grande São Paulo, que abriga cerca de 21,5 milhões de pessoas.

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