Municípios se unem e relatam desabastecimento de medicamentos na saúde pública

Dez prefeituras assinam nota conjunta para explicar problema e cobram assistência do Governo; Pinda destaca atraso continuo

Cartela de medicamento; dez secretarias de Saúde da região reclamam sobre falta de medicamentos (Foto: Arquivo Atos)

Da Redação
RMVale

Secretários municipais de dez cidades do Vale do Paraíba e Serra da Mantiqueira assinaram uma nota em conjunto, informando sobre falta de medicamentos, que têm ocorrido com frequência nas cidades ao longo deste ano. A nota traz as assinaturas de Pindamonhangaba, Taubaté, Lagoinha, Natividade da Serra, Redenção da Serra, São Luiz do Paraitinga, Tremembé, Santo Antônio do Pinhal, São Bento do Sapucaí e Campos do Jordão.

A nota tem cunho informativo e traz como objetivo esclarecimentos aos moradores dos dez municípios. “Destacamos que a situação não é falta de planejamento ou desorganização de trabalho dos municípios e sim reflexo do desabastecimento nas farmácias e dispensários por conta das circunstâncias e conjuntura nacional”, cita o trecho do documento, divulgado neste mês.

Em Pindamonhangaba, a secretaria municipal de Saúde confirmou desabastecimento parcial de medicamentos que são distribuídos à população. Alguns remédios estão em falta e outros sofrem com atraso na reposição. O município recebe remessas com tempo de entrega prolongado, o que gera demora para repor os medicamentos.

Amoxilina, carvedilol, setralina, clobazam, cefalexina, complexo vitamínico, morfina, levitracetam e prednisona são alguns dos medicamentos que estão em falta ou com atraso na recomposição ao município. Outros 18 medicamentos também foram listados entre os que estão em desabastecimento parcial ou total. Em Taubaté são 14 medicamentos nessa situação.

O problema acontece, de acordo com os municípios, ao longo deste ano e causa, além do baixo estoque, no atraso do recebimento de novos envios. Os medicamentos tem como destino as farmácias municipais ou a distribuição, que normalmente é feita nos postos de saúde, de acordo com a necessidade dos moradores.

A situação relatada pelos municípios do Vale do Paraíba é reflexo de um problema que atinge regiões de todo o país. Segundo o Conselho Nacional de Saúde, há risco de desabastecimento. O CNS emitiu um comunicado alertando sobre esse perigo, após ter feito uma pesquisa com farmácias, hospitais e clínicas de cidades brasileiras e ter constatado que mais de 49% dos estabelecimentos pesquisados têm encontrado dificuldades para compra de insumos ou medicamentos. As solicitações para entrega de remédios, em alguns casos, levam mais de trinta dias.

O Ministério da Saúde, responsável pelo envio dos medicamentos, foi procurado pela reportagem do Jornal Atos e não se manifestou até o fechamento desta edição.

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