Funcionários da Fundação Casa continuam em greve na região

Paralisação segue por tempo indeterminado; categoria cobra reajuste salarial e melhores condições de trabalho

Movimento de greve entre funcionários da Fundação Casa; região tem quatro unidades semiparalisadas (Foto: Reprodução Sitsesp)

Da Redação
RMVale

Parte dos funcionários da Fundação Casa de São Paulo segue nesta sexta-feira (5) em estado de greve, situação que afeta o funcionamento das cinco unidades da região. Ainda sem data para acabar, a paralisação foi motivada pelo descontentamento da categoria com as atuais condições salariais e de trabalho.

Uma parcela significativa dos mais de 12 mil funcionários da autarquia fundacional estadual, que atende adolescentes privados da liberdade devido atos infracionais, estão de braços cruzados desde a manhã da última quarta-feira (03) em todo o estado. Segundo o Sitsesp (Sindicato da Socieducação de São Paulo) a greve foi aderida também por parte dos profissionais que atuam nas cinco unidades da RMVale (Região Metropolitana do Vale do Paraíba e Litoral Norte), que ficam em Caraguatatuba, Jacareí, Lorena, São José dos Campos e Taubaté. Atualmente, os centros de ressocialização estão operando com apenas 65% do efetivo de pessoal.

A paralisação foi anunciada após a categoria rejeitar, em assembleia realizada em São Paulo, a proposta de reajuste salarial de 6% feita pelo Governo do Estado na última terça-feira (02). Na pauta de reivindicações, os grevistas exigem que a atual gestão estadual e a direção da Fundação Casa atendam as seguintes reivindicações: reajuste salarial de 15%, adoção de medidas que garantam mais segurança aos funcionários dentro das unidades, renegociação do plano de carreira e regulamentação da escala de trabalho.

Até o fechamento desta edição, o Sitsesp mantém o posicionamento de que a greve seguirá por tempo indeterminado até que os pedidos da categoria sejam atendidos.

Em nota à imprensa, a direção da Fundação Casa informou que está aberta ao diálogo com o Sitsesp e os servidores a fim de contribuir para o encerramento da greve. A autarquia estadual destacou ainda que concedeu um reajuste salarial de 18,91% aos funcionários entre 2018 e 2022, incluindo os benefícios do auxílio-creche, auxílio-funeral e a elevação de 45,4% do valor do vale-refeição.

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