Com quase mil inscritos, CDHU faz triagem de famílias em Roseira

Trabalho tenta identificar supostas inscrições irregulares

Da Redação
Roseira

Quase mil inscritos. Esse foi o resultado da nova fase de cadastros do CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) para o Conjunto Habitacional Roseira. Depois de mais de seis anos de espera, a preocupação agora é com denúncias de supostas irregularidades entre os interessados.

As famílias de Roseira que sonham com a casa própria estão enfrentando uma verdadeira novela para garantir uma unidade do CDHU, novela que deve estar em seus últimos capítulos. A Companhia realizou nos últimos dias 16 e 17 um novo período de inscrições para definir os beneficiados com o conjunto, que entrou em fase de acabamento, com a pavimentação e instalação de iluminação.

Lançado em 2008, o projeto para a construção das 65 unidades do programa estadual foi adiado por nove anos. A obra chegou a ser embargada pela Justiça e virou alvo de denúncia do Ministério do Trabalho, que apontou irregularidades nas condições de trabalho. Empresas contratadas em licitações não deram sequência ao trabalho.
Somente no governo de Marcos Galvão (PSDB) foram três construtoras. Já no atual governo, a obra foi adiada devido a alterações no sistema da proposta inicial.

Após definição de sistema, Prefeitura e CDHU deram sequencia à obra, que tem previsão de ser entregue em setembro. Com cerca de setecentos cadastrados em 2008, o programa do Estado e a administração municipal decidiram realizar novo cadastro.

A procura, segundo o coordenador regional da CDHU, Francisco Assis Vieira, o Chesco, surpreendeu. “Das setecentas famílias inscritas, 420 compareceram. Ou seja, 280 não fizeram o novo cadastro, mas o que surpreendeu foi que no total, tivemos 965 famílias”.
Com o aumento na procura, surgem também denúncias de supostos casos de irregularidades, com a inscrição de pessoas de outras cidades e de famílias que já possuem casa própria. A possibilidade de enfrentar problemas na inscrição já havia sido identificada pelo CDHU.

“Tanto a CDHU quanto a Prefeitura são rigorosos com relação à situação das famílias beneficiadas, tudo para evitar o abuso de quem não é da cidade, não precisa da casa e de quem tenta pegar a casa para negociá-la. Queremos que as famílias atendidas sejam da cidade, para ajudarmos o município a reduzir o déficit de moradia”, contou Chesco.

A Companhia revelou que deve iniciar, ao lado da Assistência Social de Roseira, uma triagem com os inscritos, para verificar se há mesmo interessados que não se encaixam nas determinação do CDHU.
O conjunto habitacional conta com 65 unidades, em uma área próxima a um dos acessos à rodovia Presidente Dutra. Famílias com renda per capta de até três salários tem a preferência na definição dos beneficiados, para receber as casas de três dormitórios e em 66m² de área construída.