Tribunal de Contas aponta mais irregularidades na Prefeitura de Potim

De nepotismo a contratação irregular de médicos, novo relatório pressiona ainda mais governo de Nenê

Da Redação
Potim

A auditoria realizada desde o inicio do ano em Potim ganhou novos capítulos nessa semana com novas denúncias de irregularidades cometidas pela atual administração. Dessa vez o documento apresentado pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) apontou que a Prefeitura tem realizado diversos procedimentos que fogem da legalidade, entre eles, a contratação de médicos, que não cumpriram efetivamente os plantões.

De acordo com o TCE, a auditoria feita em abril desse ano apontou que cerca de cinco médicos contratados para realizarem plantões na UBS (Unidade Básica de Saúde) sequer compareceram no dia marcado. Além disso, outros profissionais contratados pela administração trabalharam menos do que previa o contrato.

Em resposta a essas acusações, a Prefeitura alegou, por meio da assessoria, que existem fichas de frequência dos médicos e prontuário de atendimento que comprovam os atendimentos na UBS.

Outra irregularidade apontada pelo órgão é a prática de nepotismo, já que documentos comprovariam que o filho do ex-chefe de gabinete, Hernandes Franco da Silveira teria assumido a função no lugar do pai, que por sua vez foi realocado em outra função, mas com gratificação, que teria chegado, de acordo com os dados do TCE, a 300%.

Em fevereiro os vereadores de oposição estavam investigando outras possíveis práticas de nepotismo na cidade, inclusive envolvendo a sobrinha do prefeito Edno Félix, que responde atualmente pela diretoria de saúde do município.

Compras efetuadas pela Prefeitura também são alvo de investigação. No último relatório dos técnicos do TCE, apontam que 54 camas para a secretaria de Educação, no valor total de R$ 7.830. O valor foi pago mas os produtos não foram encontrados pelos auditores. Em outros casos, foram pagos valores por uma quantidade específica de materiais de construção, mas foram entregues quantidades inferiores.

O vereador Willian Amaral (PV) afirmou que assim que tomou conhecimento das compras, solicitou ao TCE cópias dos relatórios para tomar ações políticas pela Câmara da cidade. “Além dessa auditoria do Tribunal, nós vereadores também temos o dever de fiscalizar as ações da prefeitura. Eu já solicitei a cópia dos documentos, para que se necessário for, a gente abra outra CEI aqui na Casa”. Atualmente os vereadores já investigam denuncia de compra de medicamentos, no valor de R$207 mil que não foram entregues.

Para o diretor regional do TCE, José Rubens Monteiro a atuação em Potim é uma determinação da cúpula do Tribunal, para ver se realmente os serviços estão realizados e segundo ele “alguns procedimentos constatamos que não foram realizados de acordo com a legislação”.

Monteiro disse ainda que todas essas novas denuncias devem ser encaminhadas para a Justiça. “Já encaminhamos o novo relator das contas da Prefeitura e provavelmente esse documento deve ser encaminhado para o Ministério Público”.

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