Processo seletivo em Potim tem prova anulada e novo teste neste domingo

Falhas em segundo teste geram polêmica após questionamentos sobre transparência e contratos vigentes na rede pública de ensino

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A sede da Divisão Municipal de Educação de Potim; novo processo seletivo gera polêmica na cidade (Foto: Arquivo Atos)

Rafaela Lourenço
Potim 

Pela segunda vez no ano, o tema processo seletivo virou polêmica em Potim. Com o cancelamento de uma das provas, por falha em material, professores se sentem lesados e uma nova data foi remarcada. A legalidade dos contratos na rede municipal também foi questionada por concursandos, mas a Prefeitura negou irregularidades.

O processo seletivo para cadastro reserva de professores foi realizado no último dia 6, dividido em provas por áreas de atuação aplicadas em dois períodos. As da manhã ocorreram normalmente, já as provas da tarde para vagas de monitor de educação infantil, professor de educação básica 1 – anos iniciais (1° ao 5° ano do fundamental) e professor de educação básica 2 de inglês, geografia, educação física, ciências físicas e biológicas foi cancelada após cerca de uma hora de aplicação.

Uma das candidatas, a professora Rosemary Francisco de Paula, de 52 anos, explicou que teve acesso à prova do período da manhã com uma amiga que participou do processo e que juntas estudaram o material para se prepararem para o processo à tarde. Mas ao receber a prova, Rosemary se deparou com questões semelhantes e idênticas à matutina. Ela questionou o conteúdo assim como professores de outra sala, que se recusaram a fazer a prova. “Elas eram as mesmas que foram aplicadas de manhã. Inclusive tem professor que fez a prova de manhã e chegou a tarde e achou muito fácil. Para surpresa, a hora que peguei minha prova eu dei risada”.

Rosemary contou ainda que uma representante do instituto Consulpam, responsável pelo processo seletivo, os comunicou apenas na sala que a prova não precisaria ser finalizada pois seria cancelada. “Cadastrei meu e-mail quando fiz minha inscrição e não recebi nada. Nenhum comunicado formal sobre cancelamento ou remarcação”, frisou.

Após dois dias do processo, o instituo publicou uma nota de esclarecimento no próprio site alegando um erro material na elaboração das provas aplicadas no turno da tarde, do dia 6, ficando determinado que serão reaplicadas no próximo domingo (20). O texto garante também que os candidatos seriam mantidos informados através do site consulpam.com.br.

Para o professor Gledson Henrique, 31 anos, morador de Potim que também participou do processo seletivo, houve falta de respeito com os candidatos cancelando apenas uma prova e não o processo seletivo por completo. “Se a empresa fosse provar transparência aos candidatos, não cancelaria apenas um período das provas e sim os dois. Potim está há anos dando problemas com concursos e processos seletivos. Eles deveria cancelar tudo e refazer todas as provas. Se querem ser coerentes com os candidatos e provar o respeito”, criticou.

De acordo com a Prefeitura, não houve motivo para cancelar as provas dos dois períodos. A assessoria frisou ainda a agilidade da empresa em apresentar uma solução e manteve as divulgações no site sobre as alterações. “Logo que vimos o problema, um representante veio até mesmo de outro estado, conversamos e já remarcamos a prova. Diferente de outros concursos que a gente perdia muito tempo, foi feita uma ação rápida para que ninguém fosse prejudicado”.

A prova será reaplicada nas escolas municipais Judith Siqueira Weber e José Geraldo Alckmin, neste domingo (20). Os portões serão abertos às 13h e fecharão às 13h40, com o início das provas às 14h. A entrada será proibida após o fechamento dos portões.

Candidatos também se queixaram sobre os atuais profissionais da rede pública de ensino que teriam participado do processo seletivo em 2017, com validade até o meio do ano de 2018, podendo ser prorrogado por mais um ano, ou seja, já estaria vencido.

Segundo Rosemary, que atualmente dá aulas em Lorena, os professores de Potim seguem atuando irregularmente desde julho e não receberão nenhum acerto no final do ano. “Como que eles ainda estão atuando? A Prefeitura não fez outro processo seletivo. Como a justiça aceitou isso? É como se fosse um contrato de gaveta, sem direito a nada. Não sei como foi feito e como está”.

Outro lado – O Executivo se posicionou contrário ao apontamento da professora e explicou que os profissionais têm contrato vigente até 19 de dezembro. “Foi feito um termo de aditamento em 28 de junho. Todos os direitos de contrato administrativo estão vigentes e a renovação foi feita justamente para garantir o direito deles e não prejudicar as aulas (trecho de nota da assessoria de imprensa)”.

 

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