Debate da Rádio Pop com candidatos de Potim tem governo na mira de críticas

Preço da água e demora na marcação de consultas e exames dominam encontro; concorrentes querem revisão de contrato e valor cobrado por terceirizada e Prefeitura

Dr. Rodolfo, Marcio do Mercado, Néia da Saúde e Emerson Tanaka, candidatos a prefeitura de Potim (Foto: Divulgação Rádio Pop)

Andréa Moroni
Potim

Os quatro candidatos à Prefeitura de Potim participaram do debate promovido pela Rádio Pop, da Rede Aparecida de Comunicação, na última terça-feira (24). Dr. Rodolfo Barbosa (Mobiliza), Marcio do Mercado (Republicanos), Néia da Saúde (PL) e Emerson Tanaka (MDB) debateram propostas no espaço cedido pela emissora. Mas a possibilidade de troca de ideias deu espaço às dificuldades em frente às câmeras.

O debate seguiu o roteiro dos anteriores, com cinco blocos de tema livre, questionamentos de ouvintes e entidade da própria rádio Pop, além de confrontos diretos.

O debate se desenrolou com os três candidatos de oposição criticando, com ênfase em críticas ao atual governo, defendido por Néia da Saúde. Entre os principais apontamentos, a demora na marcação de consultas e exames, além da distribuição de remédios. Outro assunto polêmico foi a tarifa alta cobrada pela água na cidade, que gerou críticas até da governista.

A pergunta da emissora foi sobre os investimentos que o candidato prevê em seu plano de governo para a saúde. Marcio do Mercado afirmou que vai usar a verba para a melhoria das ESF’s (Estratégia de Saúde da Família), aumentar a quantidade de medicamentos nos postinhos, ampliar as especialidades médicas e ter médico 24 horas para emergências. Já Tanaka quer implantar um Centro de Especialidades Médicas, aderir à telemedicina e a marcação de consultas através de aplicativo. Ele também revelou que pretende fazer a distribuição dos medicamentos nas casas dos pacientes.

Dr. Rodolfo afirmou que a cidade precisa de uma UBS (Unidade Básica de Saúde) que tenha estrutura de um hospital para fazer o atendimento de emergência. O candidato destacou a necessidade de convênios com os hospitais de Aparecida e Guaratinguetá para agilizar os atendimentos de Potim.

Néia da Saúde disse que a atual administração está ampliando a UBS central para dar mais qualidade ao atendimento aos moradores e que pretende construir outra unidade para atender aos bairros Miguel Vieira e Vista Alegre. Sobre a demora na marcação de consultas, a candidata disse que quando assumiu a secretaria, encontrou a estrutura sucateada, inclusive sem computador e que as marcações de consultas eram feitas à mão, mas que a Prefeitura está investindo na melhoria do sistema.

A pergunta de uma moradora da Chácara Tropical sobre o valor alto e a péssima qualidade da água oferecida pela empresa Águas de Potim, motivou críticas de todos os candidatos.

Para Dr. Rodolfo, o preço cobrado “é um absurdo, principalmente porque é de péssima qualidade”. Ele pretende analisar o atual contrato para reduzir a atual tarifa e melhorar o serviço.

Marcio do Mercado afirmou que o esgoto não é tratado e nem a água recebe nenhum tipo especial de tratamento, por isso, não justifica o valor alto cobrado. Ele também pretende rever o contrato para definir uma tarifa justa para a população.

Néia da Saúde disse que também quer rever o contrato e tarifas. Ela afirmou que o morador que estiver recebendo uma conta muito alta deve procurar a empresa para verificar se não há vazamentos e, se não resolver, procurar a Prefeitura.

Já Tanaka afirmou que a Prefeitura foi notificada pela Justiça para resolver a questão do abastecimento de água na cidade. E, como o poder público não sabia o que fazer, decidiu por terceirizar o serviço.

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