Por campanha salarial, funcionários da Incomisa entram em greve em Pinda

Categoria cobra reajuste e pagamento do PPR ; empresa revela que analisa se paralisação está dentro da lei

Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

Em busca de melhorias salariais e trabalhistas, os 320 funcionários da metalúrgica Incomisa, de Pindamonhangaba, entraram em greve na manhã da última segunda-feira. A categoria também cobra o pagamento do PPR (Programa de Participação nos Resultados), que não é pago há quase dois anos.

Durante assembleia realizada, por volta das 8h de segunda-feira, em frente ao portão principal da fabricante de estruturas metálicas, os trabalhadores aprovaram a realização da greve. A categoria cobra um reajuste salarial de 9,62%, referente ao índice atual de inflação e o pagamento do PPR, que está atrasado há cerca de dois anos.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, Herivelto Moraes, mais conhecido como Vela, a categoria rejeitou a proposta apresentada pela Incomisa, de pagar o reajuste da inflação, de 9,62%, mas parte desse valor, de 3,62%, seria pago apenas em março. Ele também revelou que a categoria entrou em greve porque não acredita que a empresa irá cumprir a promessa, pois outros acordos anteriores foram desrespeitados.

“Parte do reajuste de 2015 ainda não foi pago. Ela diz que vai regularizar, mas joga o desse ano lá pra frente. Na PPR a mesma coisa, a empresa apresentou um valor muito baixo e para pagamento em junho. A categoria sabe como está a produção e não aceita essas condições”.

Vela explicou ainda que a pauta de reivindicações dos grevistas também cobra a reorganização da estrutura de cargos e salários dentro da empresa.

Resposta – Em nota oficial, a Incomisa afirmou que respeita o direito de greve dos colaboradores, mas considera o momento inadequado devido a situação de crise econômica que atinge o país. A fábrica ressaltou ainda que ofereceu reajustes salarias aos funcionários, mas dentro do atual limite orçamentário.
A Incomisa explicou que voltará a negociar com o sindicato e também analisa se a greve está dentro da lei.

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