Motoristas de aplicativo fazem paralisação por melhores taxas de corridas em Pinda
Trabalhadores integram movimento que envolve todo o país; eles pedem melhores condições de trabalho e transparência no repasse das taxas de corridas
Bruna Silva
Pindamonhangaba
Os motoristas de aplicativo fizeram uma paralisação, na última segunda-feira (15), em Pindamonhangaba. A ação faz parte de um movimento que ocorreu em todo o Brasil e que busca garantir melhores condições de trabalho, como transparência no repasse das taxas e a segurança dos condutores.
Em Pinda, a paralisação começou ainda pela manhã. Os trabalhadores se encontraram próximo ao portal de entrada da cidade, na avenida Nossa Senhora do Bom Sucesso, e fizeram um trajeto pelas principais ruas centrais. De acordo com a classe, a má remuneração no repasse dos valores das corridas é a principal reclamação.
Para o motorista, Gustavo Lino, que trabalha há quatro anos com plataformas de corridas, em Pinda, quatro elementos são essenciais: segurança para trabalhar, fim dos bloqueios, transparência nos ganhos e a mudança na tarifa de R$ 5,99 para R$ 10. “Não tem transparência em nada. Os passageiros desrespeitam os motoristas, desvalorizam o veículo. Está difícil trabalhar no aplicativo”, desabafou.
Por meio de nota, a plataforma 99 ressaltou que dialoga com os motoristas e que promove programas de apoio aos trabalhadores. Segundo a empresa, cerca de 2 mil motoristas são ouvidos todos os meses. A 99 destacou ainda que adotou soluções permanentes para incrementar os ganhos no app sendo a primeira plataforma a ofertar taxa máxima semanal de até 19,99%.
Maior marca do meio, a Uber afirmou que a taxa deixou de fixa há cinco anos e que aprimorou seu modelo para equilibrar as variações entre o preço pago pelo usuário e os ganhos do parceiro. A corporação destacou também que o motorista sempre fica com a maior parte do que é pago pelo passageiro.
