Funcionários da Novelis realizam protesto por campanha salarial

Trabalhadores de empresa em Pinda paralisam produção por uma hora; diretoria nega interrupção do trabalho

Funcionários da Novelis fazem protesto em campanha salarial em frente à empresa de Pinda; grupo pede recomposição e benefícios (Foto: Colaboração)
Funcionários da Novelis fazem protesto em campanha salarial em frente à empresa de Pinda; grupo pede recomposição e benefícios (Foto: Colaboração)

]Lucas Barbosa
Pindamonhangaba

Em busca de melhorias salariais, os funcionários da empresa Novelis, de Pindamonhangaba, realizaram um protesto na manhã da última quinta-feira. Os trabalhadores paralisaram por uma hora a produção de chapas e bobinas de alumínio.

Desde o início do ano, os funcionários da Novelis vêm pressionando a gerência da unidade em busca de melhorias trabalhistas. Mesmo sem a definição do índice de percentual de aumento, que depende do anúncio da taxa de inflação que será divulgado em setembro, a categoria cobra mudanças como reposição da inflação mais aumento real, manter 40% de vale salarial, desburocratização do acesso ao auxilio funeral, redução da jornada de trabalho e garantia do pagamento do PLR (Participação nos Lucros e Resultados).

O presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba, Herivelto Moraes, descreveu as dificuldades que a categoria tem enfrentado na busca por campanhas salarias em diversas empresas da região. Ele deu exemplo de supostas falas do vice-presidente da Fiesp (Federação da Indústria do Estrado de São Paulo), Benjamim Steinbruch.
“Ele tem falado publicamente que uma hora de almoço é muito e que o tempo deveria ser de 15 minutos. Também defende a proposta do negociado sobre o legislado, que praticamente anula a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). É com esse tipo de gente que temos que negociar nosso aumento de salário. Então o que temos pela frente é dificuldade. Essa mobilização da Novelis foi muito importante”,

O dirigente sindical na Novelis, Sergio da Silva, ressaltou que os trabalhadores também reprovaram em assembleia, por unanimidade, uma proposta de mudança de jornada que seria prejudicial a eles. “Mesmo com produção alta, a empresa não aumenta o efetivo para o número adequado, tanto que há trabalhadores com excesso de hora-extra, com folga acumulada, e a empresa queria apertar ainda mais a jornada”.

Outro lado – De acordo com a assessoria da Novelis, não houve paralisação na produção, mas sim um atraso de vinte minutos na entrada dos funcionários do turno da manhã, o que acabou não prejudicando a linha produtiva da fábrica.

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